Deputado General Girão tem sigilo bancário quebrado pelo STF
Natal, RN 28 de mar 2024

Deputado General Girão tem sigilo bancário quebrado pelo STF

16 de junho de 2020
Deputado General Girão tem sigilo bancário quebrado pelo STF

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O deputado federal general Girão Monteiro (PSL) teve o sigilo bancário quebrado nesta terça-feira (16) pelo Supremo Tribunal Federal. Além dele, outros 10 parlamentares (nove deputados e um senador) também estão sendo investigados no inquérito que apura participação e financiamento de parlamentares e empresários em manifestações antidemocráticas que pedem, entre outras pautas, o fechamento do Congresso, do STF e a volta do AI-5.

A autorização para a quebra dos sigilos foi do ministro Alexandre de Moraes.

Outros alvos da operação são os bolsonaristas Daniel Silveira (PSL-RJ), Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF), Cabo Junio do Amaral (PSL-MG), Alê Silva (PSL-MG), Otoni de Paula (PSC-RJ), Caroline de Toni (PSL-SC), Guiga Peixoto (PSL-SP), Aline Sleutjes (PSL-PR), além do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ)

Girão é o único parlamentar eleito pelo Rio Grande do Norte investigado. Antes de assumir o mandato, em 2018, ele defendeu em vídeo a prisão dos ministros do STF. Em 31 de maio, Girão participou de uma manifestação em frente ao Supremo e voltou a criticar os ministros da Suprema Corte:

“Antidemocrático é o que esses caras aqui estão fazendo, esses 11 togados que foram ungidos para o Supremo como se fossem deuses. Isso aqui é a verdadeira demonstração da democracia brasileira, é o povo que está com Bolsonaro. O Brasil não pode dar um passo atrás. A nova jogada agora é a cassação da chapa no TSE, isso é um absurdo, temos que reagir a isso. Na Câmara dos Deputados também estamos reagindo”, disse em vídeo gravado na frente do STF.

Eliézer Girão Monteiro nasceu no Ceará, é general da reserva do Exército e foi o quarto deputado federal mais votado do Estado, com 81.640 votos. Ele surgiu no Rio Grande do Norte pelas mãos da ex-governadora Rosalba Ciarlini, que o nomeou secretario de Estado de Segurança Pública.

Atualmente o parlamentar está suspenso e impedido de exercer suas funções a pedido do próprio PSL. Embora tenha permanecido na sigla que o elegeu, ele é da ala bolsonarista e rompido com o grupo liderado pelo presidente do partido, o pernambucano Luciano Bivar.

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Inquérito

De acordo com o jornal O Globo, a decisão de Moraes foi tomada em conjunto com a autorização para a operação Lume, que cumpriu nesta terça-feira (16) mandados de busca e apreensão contra 21 pessoas, ligados aos atos que defendiam o fechamento do Congresso Nacional e do STF.

Alguns empresários também foram alvos de busca e apreensão nesta terça, como Otávio Fakhoury, e o advogado Luís Felipe Belmonte, responsável pela organização do partido idealizado pelo presidente, o Aliança pelo Brasil.

A ação policial foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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