O filme “Angicos”, que trata da história de Paulo Freire e seu programa de alfabetização na pequena cidade no sertão do interior do Rio Grande do Norte teve o roteiro finalizado pelo diretor Felipe Hirsch, segundo a jornalista Mônica Bergamo.

Em 1963, o educador fez uma espécie de experimento pedagógico na cidade de Angicos através do qual alfabetizou 300 pessoas em apenas 40 horas. A metodologia criada por Paulo Freire para alfabetização de adultos foi reconhecida em todo o mundo. Nela, o professor leva em consideração o contexto social no qual o indivíduo está inserido. Até então, os adultos aprendiam a ler com a mesma metodologia aplicada na alfabetização de crianças.

O ator Wagner Moura fará o papel de Paulo Freire, mas, apesar dos nomes já divulgados, ainda não há informações de quando o longa começará a ser rodado.

Em 2021, em comemoração aos 100 anos do educador, ex-alunos que participaram do programa de alfabetização se reuniram em Angicos.

Antes de chegar ao Rio Grande do Norte, Paulo Freire já havia iniciado um movimento na educação de Recife, durante a gestão do governador Miguel Arraes, quando foi fundado um grupo de estudos para formular uma nova proposta de alfabetização.

Em 2012, Freire foi declarado patrono da educação brasileira através de uma lei proposta pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT).

A presença de Paulo Freire em Angicos

Uma obra de 12 metros de altura e 7 metros de largura, foi instalada no terreno da Fazenda Serra Talhada, localizada no Km 180, da BR 304, em Angicos. A escultura gigantesca fica bem em frente ao também grandioso Pico do Cabugi, que pertence ao município.

A obra foi intitulada por Guaraci Gabriel, artista plástico que criou a escultura, como “A persistência da Memória”, que além de Paulo Freire, traz uma referência ao relógio derretido do pintor espanhol, Salvador Dalí.

O monumento também traz várias letras que, quando juntas, parecem não ter qualquer significado. A imagem é uma outra simbologia a como uma pessoa analfabeta se sente ao olhar para palavras que não consegue decodificar.

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