CULTURA

Websérie dirigida por potiguar traz recursos de acessibilidade para o audiovisual

Foto: Caroline Macedo

Foi lançada no início deste mês a websérie “Arlindo Sou Eu”, dirigida pela potiguar Camila Guerra, que conta a trajetória de criação do personagem da webcomic “Arlindo”, da também potiguar Luiza de Souza, mais conhecida na internet como Ilustralu. Além de inovar na linguagem, a websérie também traz versões com recursos de acessibilidade como LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais), audiodescrição e legendas, ainda pouco disponíveis nas produções audiovisuais.

Uma das coisas que busco enquanto realizadora audiovisual é alcançar diversos públicos, para além do público alvo das obras que ajudo a produzir. E dentro deles, existem pessoas que precisam de um recurso a mais para a compreensão do todo. Acredito que a inclusão começa com o exercício de se pensar a verba para os serviços de acessibilidade desde a primeira versão do orçamento geral da produção audiovisual. Às vezes, não dá para incluir todos de uma vez porque a verba é limitada, mas o exercício de incluir é válido para que, quando a verba permitir, essa parte não seja esquecida”, defende Camila que, na verdade, é potiguar de coração. Ela nasceu no Rio Grande do Sul, mas desenvolveu todo seu trabalho por aqui.

Foto: Caroline Macedo

Arlindo é figura conhecida do público potiguar e já tem até público cativo, os “Arlinders”. No lançamento do livro físico no início do mês, teve até fila de espera na loja São Jogue, em Natal. A webcomic, que traz várias camadas de significados, levanta debates ligados, principalmente, a questões sociais. A proposta é aprofundar esses discussões em episódios de eixos temáticos.

O primeiro episódio mergulha nas origens – sentimentais e visuais – de Arlindo. O segundo, em fase de pós-produção, abordará questões ligadas a regionalidade da webcomic. Os demais episódios ainda estão em fase de roteirização, mas foram pensados para aproximar ainda mais o público “arlinder” da obra.

Tornar a websérie acessível por meio dos recursos de LIBRAS, audiodescrição e legendas só foi possível porque o projeto foi contemplado no 5º edital de seleção pública Nº012/2021 do Cine Natal 2021.

Foto: Caroline Macedo

Para nós, é extremamente importante que a websérie chegue nos mais diversos públicos de forma compreensiva. O episódio 1 de Arlindo Sou Eu pôde contar com todos os recursos de acessibilidade para audiovisual, mencionados na Instrução Normativa 116/2014 da ANCINE. Apesar de ser uma instrução normativa de âmbito federal e ser exclusiva da ANCINE, considero uma referência ao se pensar possíveis mudanças nas políticas públicas do audiovisual local – municipal e estadual”, avalia camila que, além de dirigir, também roteiriza e faz a co-produção da websérie junto com a Ilustralu.

No primeiro episódio, Ilustralu fala sobre as origens da webcomic Arlindo, do início do processo de criação, passando por suas vivências pessoais, principais referências do mundo dos quadrinhos e pelo ponto de maior curiosidade da história: Arlindo não tem um roteiro. 

Confira o episódio 1 (versão com legenda) – Arlindo Sou Eu:

Confira o episódio 1 (versão com audiodescrição) – Arlindo Sou Eu:

Confira o episódio 1 (versão em LIBRAS) – Arlindo Sou Eu:

Ficha técnica
Direção: Camila Guerra 
Roteiro: Ilustralu e Camila Guerra 
Produção: Camila Guerra e Ilustralu
Produção executiva: Camila Guerra e André Santos 
Direção de Fotografia: Ian Rassari 
Direção de arte: Luiza de Souza
Assistente de direção: André Santos 
Assistente de fotografia: Mylena Sousa 
Som direto: Ricardo Felix 
Microfonista: Letycia Miranda 
Still e Making of: Caroline Macedo 
Montagem e finalização: Pipa Dantas, edt. 
Assessoria jurídica: Débora Medeiros 
Consultoria de projeto: Taissa Reis
Apoio: Dream Donuts | Prefeitura do Município de Natal
 
Acessibilidade e Legenda – Episódio 1:
Tradução para Espanhol: Daniel Viotto
Tradução para Inglês: Camila Guerra
Legendagem: Camila Guerra
Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE): FilmesQueVoam
Libras: FilmesQueVoam
Audiodescrição (equipe): Thiago Cerejeira, Kely Araújo e Franklin Mateus
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