DEMOCRACIA

Dois deputados do RN assinam projeto para anistiar Bolsonaro

A base de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se movimenta na Câmara. Na última semana, um projeto que tenta reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que deixou o ex-presidente inelegível até 2030 foi apresentado e já recebeu apoio de dois parlamentares potiguares: os deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL.

A iniciativa foi do deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS). Bolsonaro perdeu os direitos políticos por oito anos. O TSE considerou que ele cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. Os aliados querem anistia aos condenados por ilícitos cíveis eleitorais ou declarados inelegíveis do período de 2 de outubro de 2016 até a data de entrada em vigor da lei, caso aprovada. O maior beneficiado seria o próprio Bolsonaro.

De acordo com Sanderson, o objetivo do texto é corrigir “distorções político-sociais decorrentes de decisões da Justiça Eleitoral contrárias ao sufrágio dos cidadãos brasileiros”. Ao todo, mais de 70 parlamentares já aderiram ao projeto.

A lista possui assinaturas de nomes de referência dentro do bolsonarismo, como Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e o ex-ministro General Pazuello (PL-RJ). Gayer foi um dos últimos a se envolver em polêmicas abertas. Em entrevista no final de junho, ele associou africanos a um baixo quociente de inteligência (QI)  

Em entrevista em 23 de junho, o deputado associou africanos a um baixo quociente de inteligência (QI) e afirmou que eles não têm “capacidade cognitiva” para viver em democracia. 

Desde que Bolsonaro perdeu os direitos políticos, membros da bancada potiguar se pronunciaram em defesa do ex-presidente. Gonçalves, por exemplo, afirmou que o “bolsonarismo é uma ideia”.

“Tornaram Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos, mas não matarão jamais a ideia. ‘Deus, Pátria, Família, Liberdade!’”, disse.

Já Girão atribuiu a decisão do TSE a uma suposta “ditadura do Judiciário”.

“O que aconteceu com o Jair Bolsonaro não pode ser chamado de Democracia. É a própria ditadura do judiciário, na qual já estamos inseridos”, alegou.

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