Duas mil pessoas marcharam pela descriminalização da maconha em Natal
Natal, RN 4 de mai 2024

Duas mil pessoas marcharam pela descriminalização da maconha em Natal

27 de maio de 2019
Duas mil pessoas marcharam pela descriminalização da maconha em Natal

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A Marcha da Maconha chegou a 10ª edição no país e em Natal, em ato neste domingo (26) nas ruas de Ponta Negra. Segundo a organização, duas mil pessoas marcharam pela descriminalização da planta, além de reivindicarem uma nova política de drogas para o Brasil. O tema deste ano foi "Marcha da maconha 10 anos -  industrial, medicinal, recreativo, religioso: Legaliza com supremo com tudo".

Diego Castro, que é um dos organizadores do movimento na capital potiguar, falou que a marcha foi "Tranquila demais" e lembrou do manifesto do escrito em 2016:

"A Marcha da maconha é um evento social, lúdico e político. Nossa luta é para que o conhecimento sobre a planta seja difundida, motivado por todos e apoiado pelos órgãos de fomentação competentes. No nosso manifesto afirmamos que Temos como objetivo criticar severamente as leis proibicionistas, pois entendemos que estas são nefastas ao produzirem políticas públicas opressoras e de alto custo social. O lucro advindo do mercado ilegal, financia a violência, a corrupção, armando e estruturando cartéis e bandidos de alta periculosidade".

Duas mil pessoas marcharam pela descriminalização da maconha, segundo a organização

Nova política sobre dorgas

O Senado aprovou, no dia 15 de maio, o PL que altera 13 artigos da lei de drogas do Brasil. As alterações foram propostas em 2013 pelo então deputado e hoje Ministro da Cidadania, Osmar Terra, e comemoradas pela bancada evangélica. O texto endurece as penas aos traficantes organizados em facções criminosas, facilita internações involuntárias, e reforça a abstinência como método de tratamento, deixando de lado a redução de danos.

O texto deve ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o Superior Tirbunal Federal vai discutir o assunto no dia 5 de junho, independente da sanção presidencial.

O PSOL entrou na Justiça contra a nova política de drogas por discordar de três pontos: sobre a criação de um sistema paralelo ao SUS que fortalece as comunidades terapêuticas, sobre a internação involuntária e compulsória e sobre a dedução do imposto de renda sobre doações às comunidades terapêutica.

Profissionais da saúde também participaram do ato. Foto: Nathallya Oliveira

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