A partir de 2023, o Rio Grande do Norte pode ter um nome à frente da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), órgão ligado hoje ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Segundo fontes, os cotados são o advogado natalense Gabriel Medeiros, 28, e o educador do campo mossoroense, Florentino Júnior, 27. No Estado, Medeiros é subsecretário de Juventude da Secretaria das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (Semjidh), enquanto Florentino ocupa o posto de subcoordenador de articulação institucional de Juventude do órgão. Ambos são integrantes do grupo temático de Juventude na equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A informação foi confirmada pelos dois integrantes. De acordo com Florentino, sua indicação veio “entendendo a nossa experiência enquanto gestor público no Rio Grande do Norte, por ter implantado algumas políticas importantes para a juventude potiguar, e que também servem de referência para outros gestores no país”.
Medeiros também confirmou, mas disse que a decisão ainda não foi tomada porque a definição está acontecendo primeiro nos ministérios, e só depois parte para as secretarias. Entretanto, se mostrou feliz com a chance do RN ter um representante em Brasília.
“Ter dois nomes do Rio Grande do Norte nesse momento de cogitação representa um baita reconhecimento do trabalho realizado pela professora Fátima, e eu acho que nos próximos dias isso vai se definir”, pontuou.
Além dos potiguares, outros nomes são cotados para assumir a SNJ, como o ex-secretário nacional da Juventude do PT, Ronald Sorriso, o paraense Yago Mendes, a ex-vice-presidente da UNE, Jessy Dayane, e o presidente do Conselho Nacional da Juventude do Brasil (Conjuve), Marcus Barão. Todos os nomes já foram apresentados ao presidente eleito Lula e aguardam definição do futuro governo. Atualmente, o titular do órgão é o advogado Luiz Felipe Custódio Francisção.
SNJ deve mudar de ministério
Uma das mudanças que a nova gestão deve levar à frente é a saída da SNJ do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para a Secretaria-Geral da Presidência da República, pasta que também possui status de ministério, para que possa ter maior autonomia e participação orçamentária, segundo Florentino. Segundo ele, o relatório final do grupo de transição de Juventude mostrou um cenário de “terra arrasada” na área.
“Algumas políticas que a gente conseguiu emplacar nos governos petistas foram desmontadas, e um dado muito importante é que houve uma diminuição de pelo menos 93% do orçamento da Secretaria Nacional da Juventude desde a sua existência, quando foi criada em 2014”, disse.
Outras políticas públicas que devem ser adotadas pela SNJ incluem o fortalecimento do Plano Juventude Viva, para reduzir a vulnerabilidade dos jovens em situações de violência física e simbólica, e do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem).