Lula lança Terra da Gente; MST quer assentar 5 mil famílias no RN
Natal, RN 22 de mai 2024

Lula lança Terra da Gente; MST quer assentar 5 mil famílias no RN

17 de abril de 2024
3min
Lula lança Terra da Gente; MST quer assentar 5 mil famílias no RN
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Ajude o Portal Saiba Mais a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

O governo federal lançou na última segunda-feira (15) o programa Terra da Gente, uma nova estratégia para ampliar e dar agilidade à reforma agrária. A iniciativa define as prateleiras de terras disponíveis no país para assentar famílias que querem viver e trabalhar no campo.

O decreto assinado pelo presidente Lula organiza diferentes formas de obtenção e destinação de terras: já adquiridas, em aquisição, passíveis de adjudicação por dívidas com a União, imóveis improdutivos, imóveis de bancos e empresas públicas, áreas de ilícitos, terras públicas federais, terras doadas e imóveis estaduais que podem ser usados como pagamento de dívidas com a União. Assim, o governo federal passa a ter um mapeamento detalhado com tamanho, localização e alternativas de obtenção de áreas que podem ser destinadas à reforma agrária.

Para este ano, está previsto um orçamento de R$ 520 milhões para a aquisição de imóveis, beneficiando 73 mil famílias. De 2023 a 2026, 295 mil famílias devem ser incluídas no Programa Nacional de Reforma Agrária, sendo 74 mil assentadas e 221 mil reconhecidas ou regularizadas em lotes de assentamentos existentes. Além disso, mais 7 mil famílias devem acessar as terras por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário. Assim, o Terra da Gente e as novas alternativas de obtenção vão ampliar em 877% o número de famílias assentadas em relação ao período de 2017 a 2022.

No Rio Grande do Norte, a dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Williana Soares, disse que o grupo ainda está avaliando o Terra da Gente, mas já vê um esforço do governo em apresentar alternativas para as demandas suprimidas deste último período. 

“Todavia, compreendemos que não havendo um orçamento que possa viabilizar o acesso à terra, o acesso aos créditos, fomentos, bem como a regularização das famílias assentadas, infelizmente pouco avançaremos. A paralisação da Reforma Agrária acumulou demandas que são hoje inúmeras e urgentes”, disse.

Segundo Soares, hoje o MST tem mais de 5 mil famílias acampadas distribuídas em todas as regiões do estado.

“Temos a expectativa de que todas as famílias acampadas no estado do Rio Grande do Norte possam vir a ser assentadas”, informou.

Já no último balanço apresentado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no RN, de acordo com a dirigente sem-terra, há um passivo de 6 mil processos, dentre estes, as demandas de regularização das famílias assentadas, um número que ainda não possuem no momento de forma mais atualizada.

As mais quentes do dia

Apoiar Saiba Mais

Pra quem deseja ajudar a fortalecer o debate público

QR Code

Ajude-nos a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

Este site utiliza cookies e solicita seus dados pessoais para melhorar sua experiência de navegação.