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A Comuna Urbana do MST em Mossoró voltou a ser alvo de tiros na madrugada desta terça-feira (1). Os trabalhadores contaram mais de 20 disparos de arma de fogo contra o acampamento, montado às margens da BR 304, ao lado da cerâmica Porcelanati. A ocupação conta com 150 famílias e, apesar do estado de choque, dessa vez ninguém ficou ferido. Duas pessoas que estavam desaparecidas já foram localizadas. Esse foi o segundo atentado contra a Comuna em uma semana.
Um trabalhador ouvido pela Agência Saiba Mais informou que no período entre os dois atentados, uma viatura da polícia militar rondou o local e chegou a abordar dois trabalhadores. Os agentes teriam afirmado aos sem-terra que o acampamento teria que sair dali em pouco tempo.
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Cápsulas de balas encontradas após primeiro atentado[/caption]
Após o atentado desta madrugada, a PM esteve no acampamento e, diante dos relatos dos tiros, informou que não poderia fazer muita coisa. Mesmo assim, os trabalhadores fizeram questão de registrar Boletim de Ocorrência.
Essa não é a primeira vez que policias militares fardados ameaçam os trabalhadores da Comuna Urbana do MST. Antes do primeiro atentado, agentes sem mandado judicial foram até o acampamento procurar “os chefes” e exigir a saída das famílias.
Os trabalhadores suspeitam que o terreno ocupado às margens da BR-304 seja da prefeitura de Mossoró, uma vez que o acampamento foi montado em 22 de abril e até o momento não chegou nenhuma ordem de despejo.
A vereador Isolda Dantas (PT) está acompanhando de perto o caso e afirmou que nesta quarta-feira (2), “uma comissão vai procurar a OAB, Igreja e demais instituições para exigir apuração desse absurdo”.
