Suspeito de abusar de bebê em hospital de Natal continua preso

O homem suspeito de abusar sexualmente de um bebê de 10 meses internado no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), na sexta (10), teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), depois de uma audiência de custódia no sábado (11).

A investigação do caso está sendo feita pela 2a Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal. O Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) e o TJRN informaram que não podem dar mais informações porque o caso segue em segredo de justiça.

O suspeito era acompanhante de um outro paciente também internado no Huol. Em nota, ainda no final de semana, a direção do Hospital confirmou que o homem havia sido flagrado em ato suspeito de violência sexual de vulnerável e que lamenta profundamente o ocorrido. O Hospital também disse estar oferecendo toda a assistência necessária à vítima e à família.

No Huol, as enfermarias funcionam com quartos nos quais há leitos para mais de um paciente, divididos por cortinas. Segundo a mãe da vítima, em entrevista ao G1, ela e o filho dividiam um quarto na enfermaria com outra família, que também estava com um bebê internado. Ela saiu para beber água (há bebedouros nos corredores) e, ao retornar, percebeu o comportamento estranho do homem, que estava ajeitando a calça e a camisa.

A mãe da vítima, em depoimento à Polícia Militar, afirmou ter se ausentado por um período de três a cinco minutos para encher uma garrafa com água. Ao retornar e perceber o comportamento estranho do suspeito, ligou a luz e viu um líquido estranho na gola da camisa e no canto da boca do bebê e chamou a equipe de enfermagem, que fez a coleta do líquido e enviou para o laboratório. A equipe de segurança foi acionada de imediato, junto com a Polícia Civil e Militar.

Após o ocorrido, a mãe e a criança foram levadas para outro quarto. O bebê possui uma síndrome rara que afeta rins, fígado e pâncreas e havia sido internado após a colocação de um cateter no pescoço para posterior realização de hemodiálise.