Investigação contra “central de fake news” no RN chega à Bahia
Natal, RN 29 de jun 2024

Investigação contra “central de fake news” no RN chega à Bahia

27 de maio de 2024
3min
Investigação contra “central de fake news” no RN chega à Bahia
Foto: divulgação

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Depois de passar por três cidades do Rio Grande do Norte e uma de Santa Catarina, a investigação que mira uma central de fake news que promove e dissemina notícias falsas sobre autoridades do RN chegou à Bahia.

Na manhã desta segunda-feira (27), um mandado de busca e apreensão foi cumprido no município baiano de Lauro de Freitas. A ação foi realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPBA.

O mandado é uma continuidade da Operação DesFarsa, que investiga a existência de uma central de fake news que opera com a intenção de criar, disseminar ou promover notícias falsas sobre autoridades do Rio Grande do Norte, com fins políticos e manipulação da opinião pública.

A operação foi deflagrada na quinta-feira (23), quando foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Natal, Parnamirim e Lagoa Salgada (RN), além de Garuva (SC).

As investigações do MPRN revelaram um esquema voltado à contratação dos serviços de postagens em perfis em redes sociais voltadas a beneficiar interesses políticos. As postagens de conteúdos falsos eram feitas em pelo menos seis perfis de redes sociais,uma delas contando atualmente com mais de 20 mil seguidores, que se diziam oferecer conteúdo político sobre cidades do interior do Rio Grande do Norte.

As informações, segundo o MPRN, são criadas conforme o interesse dos clientes para influenciar e formar a opinião pública, bem como propósito de coagir servidores públicos em suas atribuições funcionais e enfraquecer o prestígio de instituições públicas.

Nos chats de conversas, as declarações dos idealizadores deixam claro que os responsáveis pela central de fake news têm consciência da natureza ilegal de suas ações, demonstrando a elaboração de estratégias para obstar sua identificação pelos investigantes.

As condutas analisadas se amoldam aos crimes de calúnia, difamação, ameaça contra servidor público e coação no curso do processo, além da prática dos delitos de associação criminosa do tipo milícia digital, com vistas à manipulação da opinião pública.

A investigação segue em andamento e os materiais apreendidos serão analisados pelo Gaeco.

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