Professores acordam reajuste com prefeito de Natal, mas acumulam perdas de 60%
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Após votação em assembleia, os professores da rede municipal de ensino de Natal decidiram aceitar a proposta da prefeitura da capital de reajuste de 3,62% para 2024. O aumento será implantado em junho e os valores retroativos, de janeiro a maio, serão pagos de junho a dezembro.
“Para os aposentados será implantado em seis parcelas, que começa em junho, a partir de 0,62% e mais cinco parcelas de 0.6%. O retroativo de ambos, ativos e aposentados, será pago até o final do ano”, detalha Bruno Vital, coordenador Geral do SINTE/RN.
O valor de 3,62% foi o aumento definido pelo Ministério da Educação. O prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), ainda não negociou o reajuste de 2020 (6,42%), 2022 (33,24%) e 2023 (7,24%).
“Não foi uma proposta que a categoria aprovou de forma feliz, foi o que ela entendeu que era possível diante da negociação. Ainda falta discutir o que a prefeitura deve, que é 60% das perdas que temos dos anos anteriores”, relata Bruno Vital.
O projeto com o reajuste de 3,62% ainda será encaminhado pela prefeitura para aprovação dos vereadores da Câmara Municipal de Natal. Com o reajuste do piso do magistério anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) para 2024, o salário dos professores deve passar de R$ 4.420,55 para R$ 4.580,57, no caso das jornadas de 40 horas semanais.
Negociações anteriores
Em julho de 2023, os professores da rede municipal da capital aceitaram a proposta apresentada pelo prefeito Álvaro Dias de reajuste de 7%, com retroativo aos meses de janeiro a junho de 2023, a ser pago nos quatro primeiros meses de 2024. Naquele ano, o Mec havia anunciado aumento de 14,24% para a categoria. O pagamento do retroativo foi concluído em abril deste ano.
Já em 2020, os professores da rede municipal de Natal não tiveram a atualização do piso salarial. Na época, a Prefeitura do Natal pagou metade (6,42%) dos 12,84% anunciados pelo Ministério da Educação (Mec).
Em 2022, o reajuste do piso anunciado pelo Mec foi de 33,24%. Porém, a gestão de Álvaro Dias não concedeu qualquer aumento.
Nas contas do Sinte/RN, o prejuízo da categoria com as perdas salariais já chega aos 60%.