Em reunião com Queiroga, Governadora do RN cobra calendário de entrega de vacinas pelo Ministério da Saúde
Durante reunião, nesta terça (13), do Fórum dos Governadores com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), cobrou um calendário com previsão de entrega das vacinas contra a covid-19 aos estados por parte do Ministério da Saúde.
“Solicitamos ao ministro que fosse divulgado, urgentemente, um calendário objetivo com informações sobre quantas doses serão distribuídas a cada estado semanalmente, o cumprimento desse calendário para acelerarmos a vacinação e começarmos, se Deus quiser, a vacinação das pessoas com 18 anos em setembro”, explicou Fátima Bezerra em suas redes sociais.
Por falta de vacinas, a Secretaria de Saúde de Natal suspendeu a aplicação da primeira dose dos imunizantes contra a covid-19, nesta terça, na capital potiguar. Apenas a segunda dose (D2) da Oxford e Coronavac estão sendo disponibilizadas nos drives (Ginásio Nélio Dias, Sesi, Palácio dos Esportes e Via Direta) e nas 35 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) de Natal.
Outro ponto discutido com o ministro Queiroga foi a antecipação da segunda dose (D2) que, no caso da vacina de Oxford, tem intervalo de 90 dias entre a D1 e D2, e da Coronavac, de 28 dias. O Ministério da Saúde ficou de analisar a questão e se posicionar sobre o assunto. Até agora, oito capitais e o Distrito Federal anteciparam a aplicação da D2 da Oxford/ AstraZeneca. Rio Branco, Salvador, Fortaleza, Vitória, Campo Grande, Recife, Florianópolis e Palmas não explicaram o motivo da antecipação da D2, apenas o Distrito Federal justificou que o objetivo era ampliar a proteção contra a variante delta do novo coronavírus.
O Rio Grande do Norte manteve o período de 90 dias de intervalo, seguindo orientações federais. Em reportagem anterior da Agência Saiba Mais, a professora titular do departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Janeusa Trindade, destacou que contra a cepa original, a proteção já chega a 76% somente com a primeira dose. Mas, essa taxa cai no caso da variante encontrada no Maranhão, no Paraná e em São Paulo.
A antecipação da segunda dose das vacinas contra a covid-19 passou a ser cogitada depois que um estudo publicado pela revista Nature, na última quinta (8), apontou que a variante delta do novo coronavírus é resistente a alguns anticorpos, mas que pode ser neutralizada com duas doses da Pfizer ou Oxford/ AstraZeneca.