Lula é reconhecido como preso político e recebe prêmio por erradicação da pobreza
A Fundação Internacional de Direitos Humanos anunciou nesta terça-feira (21) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como homenageado pela instituição na edição de 2020 do Prêmio Nicolás Salmerón, na categoria Liberdade. O nome do prêmio refere-se a um político e filósofo espanhol, demitido por se negar assinar uma pena de morte quando Presidente do Poder Executivo da 1° República Espanhola em 1873.
Em seu comunicado, a Fundação cita a homenagem em função da dignidade e natureza respeitosa, pacífica e democrática com que o ex-presidente enfrentou a perseguição política e judicial a que foi submetido, e que culminou em sua prisão política pelo período de 1 ano e 8 meses.
“Esta instituição sustenta que a raiz dessa perseguição política responde ao objetivo de concluir o incidente inconstitucional e não democrático realizado anteriormente contra a presidente Dilma Vana Rousseff, em um ato inequívoco chamado de lawfare, cujo objetivo final seria forçar e alterar ilegitimamente as eleições presidenciais de outubro de 2018”, afirmou a entidade ao anunciar o prêmio.
A FIDH reconheceu também o legado de Lula no combate à fome e à miséria. “Em seu tempo como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu colocar três refeições diárias sobre a mesa de milhões de casas, pelos mais ousados programa de emprego e segurança alimentar, com o resultado da remoção de cerca de 30 milhões de seres humanos da pobreza. Sua prisão arbitrária não apenas tentou contra sua reputação e liberdade pessoal, mas também contra a ordem constitucional e o progresso social do Brasil, não ‘apesar de’ tais realizações, mas ‘por causa de’ alcançá-las”, declarou o júri da entidade.
A premiação ocorrerá no próximo dia 24 de janeiro.