Participação de mulheres na política piora para eleições em 2022; Fátima Bezerra é destaque positivo
Natal, RN 26 de abr 2024

Participação de mulheres na política piora para eleições em 2022; Fátima Bezerra é destaque positivo

16 de maio de 2022
3min
Participação de mulheres na política piora para eleições em 2022; Fátima Bezerra é destaque positivo

Ajude o Portal Saiba Mais a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

Apenas 1 em cada 7 pré-candidatos a governos estaduais são mulheres. Esse percentual é inferior ao registrado nas eleições de 2018 e é possível que seja ainda menor, pois alguns desses nomes podem não oficializar as candidaturas. O levantamento foi feito pela Folha de São Paulo, nesta segunda (16), e mostra que até agora apenas 22 mulheres se lançaram pré-candidatas a governos estaduais em um total de ao menos 161 nomes que devem concorrer aos governos dos 26 estados e Distrito Federal —o equivalente a 14%.

Em 2018, esse percentual chegou a 15% com 30 candidaturas femininas. Quatro anos antes foram 20 candidatas mulheres, representando 11% do total de postulantes a governos estaduais. Apenas seis estados brasileiros, incluindo o Rio Grande do Norte, já elegeram mulheres governadoras: Rio de Janeiro, Pará, Maranhão, Rio Grande do Sul e Roraima.

A Governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) é destaque positivo neste cenário, sendo a única mulher eleita governadora em 2018 e pré-candidata à reeleição liderando todas as pesquisas de opinião.

O texto da Folha mostra o pioneirismo do RN na eleição de mulheres, pois é o único que já elegeu três mulheres na administração estadual: Wilma de Faria, Rosalba Ciarlini e Fátima Bezerra. O texto da Folha lembra que Fátima vai tentar repetir o feito de ser reeleita para um governo estadual, feito só alcançado por duas mulheres no Brasil: Roseana Sarney, no Maranhão, e Wilma de Faria, no Rio Grande do Norte.

À Folha, Fátima Bezerra avalia o momento como de maior dificuldade para as mulheres, diante da ascensão do presidente Jair Bolsonaro (PL) — que, em sua avaliação, comanda "um governo federal de perfil machista e misógino"— resultou em retrocessos em todos os espaços de atuação e participação feminina.

"Voltamos algumas casas nas nossas conquistas quando atravessamos períodos em que até mesmo a nossa existência é ameaçada por discursos de ódio e de violência e por políticas públicas facilitadoras da barbárie", afirma

Hoje o Brasil tem outras duas mulheres em governos estaduais, que assumiram em abril deste ano com a renúncia dos titulares para as eleições: no Piauí, a governadora Regina Sousa (PT), que assumiu o posto de Wellington Dias (PT), mas que não deve disputar a sucessão por questões de saúde. A governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), tenta se viabilizar para a sucessão, mas enfrenta concorrência interna de outros três nomes —todos homens— do seu partido, que também são pré-candidatos ao governo.

As mais quentes do dia

Apoiar Saiba Mais

Pra quem deseja ajudar a fortalecer o debate público

QR Code

Ajude-nos a continuar produzindo jornalismo independente! Apoie com qualquer valor e faça parte dessa iniciativa.

Quero Apoiar

Este site utiliza cookies e solicita seus dados pessoais para melhorar sua experiência de navegação.