28ª edição do Grito dos Excluídos chega às ruas questionando: Independência para quem?
Natal, RN 26 de abr 2024

28ª edição do Grito dos Excluídos chega às ruas questionando: Independência para quem?

4 de setembro de 2022
3min
28ª edição do Grito dos Excluídos chega às ruas questionando: Independência para quem?

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"Independência para quem?" A pergunta vai ser levada às ruas no próximo dia 7 de setembro pela 28ª edição do Grito dos Excluídos. A manifestação acontece em todo o Brasil na primeira semana de setembro e - de acordo com a programação de cada estado ou cidade - tem o seu ponto alto no “dia da pátria”. Em Natal, uma marcha está prevista para iniciar às 9h, com concentração na Praça das Flores, localizada no bairro de Petrópolis, na zona Leste da capital potiguar.

Desde 1995, movimentos populares, grupos da sociedade civil e ordens religiosas se unem no dia 7 de setembro contra as mais variadas formas de exclusão. O tema da primeira edição, “Vida em primeiro lugar”, se tornou permanente nesses últimos 28 anos. Em 2022, ano que marca o bicentenário da Independência do Brasil, a ação coletiva tem como objetivo denunciar injustiças na construção da soberania nacional e negligências do governo Bolsonaro.

“O grito dos excluídos já é um ato histórico, e esse ano vai ser ainda mais especial, com uma grande luta em defesa da democracia e contra o fascismo”, conclamam os movimentos sociais, religiosos, estudantis, sindicais e partidos políticos de esquerda envolvidos na construção do ato em Natal.

A reflexão proposta pelo Grito dos Excluídos em diversas cidades do país acontece em paralelo ao desfile cívico-militar do 7 de setembro e atos a favor e contra do presidente Jair Bolsonaro (PL) e contra as instituições que sustentam a Democracia no país.

“Em defesa da democracia, pela derrotada do fascismo nas ruas e pela dignidade do povo brasileiro, o histórico ato do 7 de setembro acontecerá em Natal, também denunciando a fome, o autoritarismo e as ameaças a democracia que Bolsonaro vem realizando”, anuncia o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, DCE José Silton Pinheiro.

Desde a primeira edição do Grito, a luta contra a fome sempre esteve na centralidade do debate. Após 28 anos, depois que o Brasil voltou ao "Mapa da Fome" em 2021, sob o governo de Bolsonaro, o direito à alimentação digna, regular, de qualidade e em quantidade suficiente continua a ser reivindicado.

De acordo com o relatório da ONU sobre a Situação da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo, o número de brasileiros e brasileiras que não sabem quando vão fazer a próxima refeição está acima da média mundial.

“Vamos às ruas contra a fome, o desemprego e o golpismo de Bolsonaro e dos militares. O 7 de Setembro de 2022, dia do Grito dos Excluídos, vai ter uma importância ainda maior: barrar o golpe”, afirma o Correnteza-RN, um movimento de luta nas universidades.

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