Por causa da baixa procura e uma cobertura vacinal de apenas 49% contra a poliomielite no Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) decidiu prorrogar por mais dez dias a campanha de vacinação contra a pólio, doença que também é conhecida como paralisia infantil, que terminaria nesta sexta (30).

De acordo com dados de hoje da Sesap, dentre os 167 municípios potiguares, apenas 27 atingiram a meta do Ministério da Saúde de 95% da população infantil vacinada. A Sesap e os municípios já haviam pactuado anteriormente uma série de medidas, como horários flexíveis em postos de saúde e reforço da busca ativa, para melhorar o índice de vacinação.

“Decidimos, em colegiado, ampliar essa campanha em nosso estado com a ideia de intensificar a vacinação e chegar ao final desses próximos dez dias com a cobertura de 95%”, explicou a coordenadora de vigilância em Saúde da Sesap, Kelly Lima.

Kelly Lima, coordenadora de vigilância em Saúde da Sesap:

Quem deve se vacinar?

Para garantir a proteção contra a poliomielite, doença grave que provoca a paralisia dos músculos, devem ser vacinadas todas as crianças de zero a menores de cinco anos de idade. No Brasil, o último caso detectado foi em 1989, na Paraíba, mesmo ano em que a doença apareceu pela última vez no Rio Grande do Norte, com um registro em São José do Seridó.

Esquema de vacinação contra a pólio:

O esquema vacinal prevê a aplicação de três doses para que a cobertura seja considerada completa, o que a Sesap e o Ministério da Saúde chamam de vacina VIP.  Pelo esquema vacinal, a 1ª dose deve ser aplicada aos 2 meses de vida, a 2ª dose aos 4 meses e a 3ª dose aos 6 meses, todas injetáveis. Apenas depois dessa fase, são aplicadas as doses de reforço (VOP), sendo a 1ª entre os 15 e 18 meses e a 2ª entre os 4 e 5 anos, podendo ambas ser por meio da vacina oral.

• 1ª dose: aos 2 meses de vida com a VIP –injetável ;
• 2ª dose: aos 4 meses de vida com a VIP –injetável;
• 3ª dose: aos 6 meses de vida com a VIP –injetável;
• 1º reforço: entre os 15 e 18 meses, que pode ser por meio da vacina oral (VOP);
• 2º reforço: entre os 4 e 5 anos, que pode ser por meio da vacina oral (VOP).