Uma operação conjunta entre Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM), Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (Seap) e a Força Nacional resultou na prisão de 13 suspeitos de integrar o Sindicato do Crime do RN, facção criminosa que estaria ordenando a série de ataques que vêm ocorrendo no estado desde o dia 14 de março.
Na operação Sentinela foram cumpridos 13 mandados de prisão e outros 26, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Canguaretama, Bom Jesus, Santo Antônio, Caiçara do Norte, Acari e Macau. Dois homens foram presos em flagrante.
Ao todo, foram decretadas 18 prisões durante a operação, porém, cinco mandados de prisão não foram cumpridos porque os alvos não foram localizados. Eles são consideradas foragidas de Justiça. A equipe que atuou na operação também apreendeu armas, drogas, aparelhos de telefonia celular, documentos e dinheiro em espécie.
A maioria dos presos na operação Sentinela já tem condenação por envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas, roubos e homicídios, sendo que alguns deles cumpriam pena em regime semiaberto, com uso de tornozeleiras eletrônicas.
Alguns dos presos na ação desta quarta (22) violaram o sistema de monitoramento eletrônico, coincidentemente, antes e durante ataques registrados nos últimos dias.
As investigações apontam que as pessoas presas são lideranças da organização criminosa em liberdade que exercem ou exerceram funções relevantes para a facção. Elas são investigadas por constituírem e integrarem organização criminosa, cuja pena prevista é de 3 a 8 anos de reclusão.
Caso sejam condenadas, as sentenças ainda podem ser aumentadas até a metade pelo uso de arma de fogo; agravada para as pessoas que forem identificadas como líderes sobre os demais faccionados; e ainda ampliada pela conexão com outras organizações criminosas.
Os presos na operação já foram encaminhados ao sistema prisional potiguar. O MPRN ainda apura o envolvimento de outras pessoas com os crimes cometidos nos últimos dias.
As cunhadas
Entre as 13 pessoas presas durante a operação, uma é mulher. Dentro da facção, elas são conhecidas como “cunhadas” – mulheres de integrantes da facção que também acabam por fazer parte da organização criminosa.
Balanço das ações:
168 suspeitos presos* (sendo 6 adolescentes, 17 foragidos da Justiça recapturados, 1 tornozelado preso com arma de fogo, 1 tornozelado com galão de gasolina e 1 tornozelado com grande quantidade de drogas)
42 armas de fogo apreendidas
5 simulacros de arma de fogo apreendidos
139 artefatos explosivos apreendidos
31 galões de combustíveis apreendidos
14 motos apreendidas
2 carros apreendidos
Dinheiro apreendido
Drogas apreendidas
Munições apreendidas
Produtos de furto recuperados
*Dos 168 suspeitos presos, 18 foram na “Operação Normandia” e 15 na “Operação Sentinela”
Dados atualizados às 09h44