Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia: a bicicleta com libertadora e contra o preconceito
Natal, RN 26 de abr 2024

Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia: a bicicleta com libertadora e contra o preconceito

26 de março de 2023
3min
Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia: a bicicleta com libertadora e contra o preconceito

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Por John Fontenele Araujo
Neste domingo, dia 26 de março, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia. Este dia 26 de março é conhecido como "Purple Day”, ou em português direto, como o “dia roxo”. Foi criado em 2008 por uma criança canadense, Cassidy Mega, com o apoio da Associação de Epilepsia da Nova Escócia, no Canadá.
Cassidy Mega, por ser uma criança portadora de epilepsia, escolheu a cor roxa por causa da flor de lavanda. Ela, como paciente com epilepsia, sabia que vivia em solidão e isolada socialmente, e a cor da flor lavanda representa isto. Seu desejo foi mudar esta realidade para milhares de doentes no mundo.
A proposta de mobilização para este dia é que todos e todas usem peças de roupa de cor roxas. Assim, cada um denunciará à solidão, um sentimento muito comum em pessoas com epilepsia. Sabemos que no Brasil essa doença atinge cerca de 3 milhões de brasileiros. Junto com os problemas intrínsecos da epilepsia, um conjunto de preconceitos e estigmas que envolvem questões sociais e psicológicas, que vão além da medicina, dificultam a vida destas pessoas. O “Purple Day” tem o objetivo de mudar esta situação.
E por que os ciclistas e suas bicicletas devem se envolver com este movimento?
A solidão e o isolamento das pessoas portadoras de epilepsia, geralmente estão ligados aos preconceitos e ao medo do desconhecido por parte da população. Por isso é importante que toda a sociedade participe. Por outro lado, pedalar em grupo é uma forma de quebrar o isolamento social e permitir a integração social.
Sim, os portadores de epilepsia podem pedalar. Primeiro, gostaria de afirmar que raramente uma pessoa terá uma crise de epilepsia pedalando e mesmo que isto ocorra, o acidente causado terá consequências mínimas. Diferentemente de se estivesse dirigindo um automóvel.
Quando um epiléptico descobre que pode andar de bicicleta, ele ganha liberdade, pois agora pode ir facilmente a escola, a casa de amigos, aos parques etc. A bicicleta é um meio de mobilidade que dá asas às pessoas portadoras de epilepsia.
Porém é preciso ter alguns cuidados, assim como todos nós. É fundamental que sempre tenha se alimentado e esteja hidratado quando estiver pedalando. Aproveitamos para sugerir o uso de capacetes durante as pedaladas.
Para aqueles que desejam fazer ciclismo como esporte, sempre sugerimos uma avaliação médica e acompanhamento de um profissional de educação física. Esses cuidados valem para todos.
Nós ciclistas devemos eliminar nossos preconceitos e passamos a convidar aos colegas portadores de epilepsia para participarem dos nossos pedais noturnos, de fim de semana etc. E para aqueles que ainda não sabem pedalar, tem o “bike anjo” que está aberto para todos.
Neste dia roxo, “purple day”, nós ciclistas estamos participando ativamente deste movimento. Afinal, a bicicleta é um instrumento de liberdade e um instrumento de eliminação dos preconceitos, pois permite a integração social para as pessoas portadoras de epilepsias.
Bom pedal para todos e todas.

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