As inscrições para a segunda turma da oficina de fotografia do Projeto “Narrativas do Silêncio” já estão abertas. A atividade é direcionada exclusivamente à comunidade integrada por pessoas surdas residentes em Parnamirim ou em outros municípios da Região Metropolitana à exceção de Natal. Na capital potiguar, onde foi promovida a primeira turma, a oficina foi realizada em abril.
Em Parnamirim, a programação será desenvolvida nos dias 20 e 27 de maio (sábados), das 14h30 às 18h, na sede do Cartório Paiva Amaral (2º Ofício de Notas), que fica na Av. Brigadeiro Souto, 10 – Boa Esperança.
A solicitação de matrícula deve ser feita por telefone, com Risalva Garrilho (84 99184.4131). As vagas são limitadas a vinte.
Ministrada pelo fotógrafo e designer José Aglio, a oficina contará com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Durante a atividade serão apresentadas técnicas relacionadas à chamada fotografia “still”, gênero voltado principalmente para a área publicitária, sendo muito utilizado em e-commerce, gastronomia e moda.
Os trabalhos produzidos pelos participantes das oficinas, tanto em Parnamirim quanto em Natal, serão reunidos em catálogo e apresentados numa exposição prevista para o segundo semestre.

O projeto
Lançado em 2015, Narrativas do Silêncio ressurge após o período de pandemia proporcionando acessibilidade cultural com uma programação diversificada. Nesta quinta edição, com atividades agendadas para o período de abril a setembro de 2023, o projeto ainda promoverá uma oficina de teatro e, pela primeira vez, uma de poesia.
Dedicada exclusivamente à pesquisa, produção e criação de espetáculos acessíveis a surdos e ouvintes, de maneira integrada, a Companhia Fluctissonante, baseada em Curitiba (PR), será a responsável pela oficina de teatro. Participando do projeto pela segunda vez, o grupo aproveitará a estadia em Natal, no mês de junho, para apresentar a peça “O Pequeno Príncipe”.
Tal como as demais atividades promovidas pelo projeto, a oficina de teatro tem como perspectiva a criação de um produto cultural em que os participantes sejam protagonistas. No caso, a montagem e posterior encenação de um espetáculo teatral em que a composição cênica se utilize da dramaturgia descritiva, tornando-se acessível a surdos e ouvintes.
A iniciativa tem o incentivo da Lei Estadual Câmara Cascudo, viabilizada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, com apoio da Ster Bom e do Cartório Paiva Amaral.