O senador potiguar Rogério Marinho (PL) afirmou que a saída da prisão do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, seria um “ato de justiça e humanidade”. Torres está preso desde 14 de janeiro, suspeito de ter sido conivente e omisso diante dos ataques aos prédios dos Três Poderes em Brasília, enquanto era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
A fala de Marinho aconteceu após o senador visitar o ex-ministro no 4º Batalhão de Polícia Militar junto com outros quatro colegas: Eduardo Gomes (PL-TO), Magno Malta (PL-ES) e Márcio Bittar (União-AC) e Jorge Seif (PL-SC).
“Acabamos de sair de uma visita ao ex-ministro Anderson Torres, que se encontra preso há mais de quatro meses em prisão temporária, hoje cinco senadores que representam os 42 que assinaram o documento solicitando o acesso, para nós a libertação de Anderson é um ato de justiça e de humanidade”, disse Marinho em sua página oficial no Twitter.
Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro de março de 2021 até o fim da gestão em dezembro de 2022. Em janeiro deste ano, após Bolsonaro ser derrotado nas urnas, o delegado deixou o cargo e assumiu como secretário no DF, mas durou pouco. Com os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, momento em que estava viajando para os Estados Unidos, foi exonerado.
O documento dos senadores a que Rogério Marinho se referiu foi assinado por 38 parlamentares. Eles pediram ao STF uma permissão para visitar Torres na prisão. O gesto foi acatado pelo ministro Alexandre de Moraes, que permitiu as visitas apenas em grupos de cinco.
Na lista, estão ex-ministros bolsonaristas proeminentes, como Tereza Cristina, Damares Alves e Sérgio Moro, além de nomes como o ex-vice-presidente Hamilton Mourão. Além de Marinho, o também potiguar Styvenson Valentim (PODE) assinou o pedido de visita a Anderson Torres. Ao Novo Notícias, entretanto, Valentim negou que tenha interesse em ir à cela do Batalhão da PM.
“Assinei o requerimento a pedido do Senador Eduardo Girão, mas não quer dizer que eu participe das visitas, inclusive não tenho nenhum interesse nisso”, justificou.