Pesquisadores alertam para volta de poliomielite no Brasil; RN vacinou 67% da meta
Natal, RN 14 de mai 2024

Pesquisadores alertam para volta de poliomielite no Brasil; RN vacinou 67% da meta

3 de maio de 2023
3min
Pesquisadores alertam para volta de poliomielite no Brasil; RN vacinou 67% da meta

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Nesta terça (02), pesquisadores reunidos no International Symposium on Immunobiologicals, realizado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro, alertaram para o alto risco de volta da poliomielite no Brasil. A doença, que pode matar e provocar sequelas motoras graves, havia sido erradicada do país em 1989.

Um estudo do Comitê Regional de Certificação de Erradicação da Polio 2022, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), já apontava o Brasil como o segundo país com maior risco de volta da poliomielite nas Américas, ficando atrás apenas do Haiti.

RN longe da meta de cobertura

No Rio Grande do Norte, apenas 67% do público-alvo foi vacinado, o quer dizer que apenas 124.455 pessoas foram imunizadas contra a poliomielite, das 176.463 que deveriam ser vacinadas, segundo a meta de cobertura vacinal estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.

Por faixa etária, foram vacinadas até esta quarta (03), segundo a plataforma RN+ Vacina, 31.924 crianças de até 1 ano; 29.811 crianças com 2 anos; 31.586 crianças de 3 anos; e 31.134 com até 4 anos.

Na corrida pela vacinação, desde 2017 o Rio Grande do Norte não alcança a faixa de chegada e atinge o percentual de cobertura para a pólio.

Em setembro de 2022, a cobertura vacinal estava em 44%. Em 2021, a vacinação alcançou 69,88% do público-alvo; índice próximo ao de 2020, quando 69,7% das crianças foram vacinadas; já em 2019 o índice de vacinação era bem maior com 80,74% de cobertura; em 2018, essa média era ainda mais alta, com 90,32% de cobertura, enquanto em 2017, a cobertura vacinal ficou em 69,52%.

Como funciona o esquema vacinal:

O esquema vacinal prevê a aplicação de três doses para que a cobertura seja considerada completa, o que a Sesap e o Ministério da Saúde chamam de vacina VIP.  Pelo esquema vacinal, a 1ª dose deve ser aplicada aos 2 meses de vida, a 2ª dose aos 4 meses e a 3ª dose aos 6 meses, todas injetáveis. Apenas depois dessa fase, são aplicadas as doses de reforço (VOP), sendo a 1ª entre os 15 e 18 meses e a 2ª entre os 4 e 5 anos, podendo ambas ser por meio da vacina oral.

  • 1ª dose: aos 2 meses de vida com a VIP –injetável ;
  • 2ª dose: aos 4 meses de vida com a VIP –injetável;
  • 3ª dose: aos 6 meses de vida com a VIP –injetável;
  • 1º reforço: entre os 15 e 18 meses, que pode ser por meio da vacina oral (VOP);
  • 2º reforço: entre os 4 e 5 anos, que pode ser por meio da vacina oral (VOP).

Consequências

A poliomielite, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda que pode infectar tanto crianças, quanto adultos através do poliovírus. Em casos mais graves, ela leva à paralisia muscular, geralmente dos membros inferiores, e pode provocar até a morte. A única forma de prevenção, é a vacina.

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