Pós-TV DHnet lança projeto de preservação da memória da maior advogada de presos políticos do Nordeste na ditadura
No resgate da memória de Mércia Albuquerque Ferreira, uma homenagem àqueles que lutaram e sofreram violações durante a ditadura militar, reafirmando a importância da defesa dos direitos humanos e da preservação da história brasileira recente. É com esse objetivo que a Pós TV DHnet Direitos Humanos, em parceria com a Universidade Popular, iniciou neste sábado (15) a exibição de uma série de episódios sobre esta destacada advogada e defensora dos direitos humanos.
Em 2003, a Pós TV DHnet Direitos Humanos recebeu todo o acervo da advogada, que inclui diários, cartas, correspondências, materiais jurídicos e pastas relacionadas a centenas de companheiros e companheiras que foram defendidos por Mércia ao longo dos anos.
“Mércia teve como grande inspiração o líder político Gregório Bezerra e defendeu inúmeros reprimidos e torturados durante a ditadura militar. Sua coragem e dedicação tornaram-na uma figura emblemática nessa luta pelos direitos humanos”, afirma o ativista de Direitos Humanos Roberto Monte.
A série lançada este sábado abordará diferentes aspectos da vida e do trabalho de Mércia Albuquerque Ferreira e está dividida em seis partes: "Projeto, Militância e Luta" (15 de julho), "Acervo, Cartas, Material Jurídico" (22 de julho), "Gregório Bezerra, a Grande Inspiração" (29 de julho), "Mércia 20 anos Depois, seu Legado" (05 de setembro) e "A Geração que Mércia Defendeu" (12 de setembro).
Como parte desse projeto de preservação da memória, será publicado o livro "Diários 1973-1974", escrito por Mércia. Além disso, está em processo de organização a construção de um Memorial Online, que será inaugurado durante o VIII Encontro Norte/Nordeste de Memória e Verdade, a ser realizado na cidade de Recife, Pernambuco, na segunda quinzena de agosto de 2023.
Dentre as centenas de militantes, reprimidos e torturados que Mércia defendeu ao longo de sua carreira, serão destacados aqueles que completam 50 anos de seus assassinatos neste ano, como Anatália Alves de Melo, Emmanuel Bezerra dos Santos, Manoel Lisboa de Moura, José Carlos da Mata-Machado, José Silton Pinheiro e Ranúsia Alves Rodrigues.