Ministério Público do RN vai investigar autores de protesto contra marco temporal no Forte dos Reis Magos, em Natal
Natal, RN 14 de mai 2024

Ministério Público do RN vai investigar autores de protesto contra marco temporal no Forte dos Reis Magos, em Natal

8 de setembro de 2023
2min
Ministério Público do RN vai investigar autores de protesto contra marco temporal no Forte dos Reis Magos, em Natal

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O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) vai investigar de quem é a autoria do protesto que deixou nas paredes externas do Forte dos Reis Magos, em Natal (RN), as mensagens “Não ao PL/2903” e “Aqui é terra indígena”. A instituição instaurou um procedimento para apurar a autoria do que o MPRN classifica como “pixações” e que teriam causado dano ao patrimônio público.

Além disso, a 71ª Promotoria de Justiça da capital potiguar também vai acompanhar e cobrar providências da Fundação José Augusto e do Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural do RN (Iphan) para obter a restauração o mais breve possível.

O MPRN também quer que sejam feitas melhorias na segurança do entorno pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal de Natal.

Num prazo de dez dias, o Iphan e a Fundação José Augusto terão que informar à 71ª Promotoria de Justiça de Natal as medidas administrativas adotadas para minimizar a lesão ao Forte dos Reis Magos.

O protesto no Dia da Independência

Nesta quinta (7), feriado do Dia da Independência, o Forte dos Reis Magos amanheceu com duas mensagens contra o projeto de lei do marco temporal das terras dos povos indígenas pintadas em vermelho.

As frases diziam “Não ao PL/2903” e “Aqui é terra indígena.”

O marco temporal é uma tese jurídica, criticada por indígenas e entidades dos povos originários, que diz que os povos originários só podem ocupar as terras nas quais já estavam ou já disputavam até 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição.

O Forte dos Reis Magos, construído entre 1598 e 1630, é o monumento histórico mais importante de Natal e marco inicial da história da cidade. Ele abrigava, até 2021, o Marco de Touros, uma pedra calcária deixada pelos colonizadores em 1501 no que hoje é o solo potiguar para atestar o direito de posse de Portugal sobre a terra que havia sido recém-descoberta. O objeto foi tombado pelo Iphan em 1962 e hoje está no Museu Câmara Cascudo.

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