Movimento popular de Pipa diz sofrer assédio judicial de ex-gestora
Natal, RN 9 de mai 2024

Movimento popular de Pipa diz sofrer assédio judicial de ex-gestora

26 de janeiro de 2024
3min
Movimento popular de Pipa diz sofrer assédio judicial de ex-gestora
Praia de Pipa I Foto: Canindé Soares

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O movimento popular intitulado “Todos pelo Chapadão”, que tem foco em causas ambientais e sociais do município de Tibau do Sul-RN, diz estar sofrendo assédio judicial por parte da ex-secretária de Meio Ambiente, Laira Sousa. Pelo menos dez integrantes estão sendo alvo de ações. A mais recente pede a derrubada do perfil no Instagram @todospelochapadao, com identificação de IPs dos administradores da conta na rede social. 

Advogado do movimento social, Faiçal Isidoro conta que os argumentos usados nos diferentes processos são basicamente os mesmos: “Envolvem injúria, calúnia, difamação. Numa das ações que tem diversas pessoas, eles imputam de acordo com aquilo que eles bem acham através de prints de conversas do Instagram, do WhatsApp, quando havia um grupo grande lá atrás. Mas eles se utilizam de elementos muito vagas.”

Laira Sousa diz sofrer injúria e difamação de movimento popular. Veja posicionamento.

O grupo formado por cerca de 300 pessoas, segundo Faiçal, tem questionado licenças ambientais concedidas a grandes empreendimentos. Em outubro de 2023, apresentaram denúncia ao Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) contra a gestão da Prefeitura e empresas responsáveis pelos projetos arquitetônicos instalados na região.

A atuação popular conseguiu frear dois deles. O Pipa Island Resort, da empresa Gav Resorts, está paralisado para estudos que o MPRN solicitou; enquanto o Okan Pipa Multiresidence, da Allimulti Incorporadora, está com a licença suspensa pelo Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN), porque a execução da obra foi iniciada em desconformidade com a autorização concedida. 

Segundo o advogado que fala pelo movimento da cidade, Laira estaria respondendo a essa militância na Justiça. “É uma questão muito delicada o que acontece nesses processos. Há  imputação de práticas criminosas contra membros do movimento e ela não se limita a uma só, mas a diversas ações sob fundamentos falaciosos. Existe uma tentativa de intimidar desde o início”, acusa Isidoro, que garante guardar provas de que sofreu ameaças. 

SAIBA MAIS: Ex-gestora de Tibau do Sul afirma ser difamada por movimento popular

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