RN registrou 4ª maior queda de nascimentos no Brasil em 2022
Natal, RN 27 de abr 2024

RN registrou 4ª maior queda de nascimentos no Brasil em 2022

27 de março de 2024
3min
RN registrou 4ª maior queda de nascimentos   no Brasil em 2022
Foto Gilson Abreu ANP

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O Rio Grande do Norte foi o 4º estado do Brasil com maior redução no número de nascimentos em 2022, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta quarta (27).

No país, todas as regiões apresentaram queda no registro de nascimentos em 2022 em comparação com 2021. Porém, no Norte (-3,8%) e Nordeste (-6,7%) esse recuo ficou acima da média nacional (-3,5%). No Sudeste (-2,6%), Centro-Oeste (-1,6%) e Sul (-0,7%), a queda no número de nascidos foi mais suave.

A Paraíba foi o estado que apresentou a maior queda (-9,9%), seguida pelo Maranhão (-8,5%), Sergipe (-7,8%) e Rio Grande do Norte (-7,3%). Apenas os estados de Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%) apresentaram aumento no número de registros de nascimentos.

Filhos mais tarde

O IBGE também confirma por meio dos números que as mulheres estão optando por ter filhos mais tarde. Embora a maioria ainda opte por ter filhos entre 20 a 29 anos (49,2%), essa tendência já foi maior em 2010 (53,1%).

A porcentagem de mulheres que optaram por ter filhos entre os 30 e 39 anos passou de 26,1% em 2010 para 33,8% em 2021 e para 34,5% em 2022.

Óbito Fetal

Entre 2021 e 2022 houve queda no número de óbitos fetais em todas as regiões do país. Porém, as menores reduções foram registradas no Nordeste (-9,3%) e as maiores no Centro-Oeste (-21,7%) e Norte (-21,1%).

Fonte: IBGE

Os estados do Piauí (-6,3%), Bahia (-6,9%), Paraíba (-6,9%), Alagoas (-7,2%) e Rio Grande do Norte (-8,8%) tiveram os menores recuos. Apesar dos números considerados altos, o RN vem apresentando queda no número de óbitos fetais ao longo do tempo, foram 385 casos em 2019, 319 em 2020, 344 em 2021, 310 em 2022 e 273 em 2023.

Uma das principais causas do óbito fetal é a hipertensão materna, que pode ser prevenida através do pré-natal.

A hipertensão materna pode ocorrer tanto em mulheres que já possuem pressão alta antes da gravidez, quanto naquelas que desenvolvem durante a gravidez, que é o que a gente chama de pré-eclâmpsia. O que a gente pode fazer para cuidar melhor dessas mulheres e bebês é oferecer um pré-natal de qualidade. Hoje temos algumas medicações para prevenir alguns problemas que essa hipertensão materna causa no bebê, como insuficiência da placenta e baixo peso, não levando a um óbito fetal”, esclarece a médica Maria da Guia de Medeiros Garcia, diretora técnica da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN-Ebserh).

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