Terceiro colocado nas eleições presidenciais de 2018, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) se pronunciou, pelo twitter, sobre o escândalo da #VazaJato revelado pelo site Intercept Brasil no domingo (9).
De forma cautelosa e até protocolar, Gomes disse que sempre deixou claro o que pensava a respeito da Lava Jato:
- “Durante todo o desenrolar da operação Lava Jato sempre expus o que pensava de forma muito clara: o excesso de aplausos, as gravatinhas borboletas e, até, condenações sem provas objetivas, cobrariam seu preço. Também sempre deixei claro que o Brasil carecia de investigações e punições aos grandes saqueadores da nação. E alertei mais de uma vez: os erros, os desmandos, gerariam de um lado injustiças e, de outro, nulidades que garantiriam liberdade a culpados. Fui ainda mais específico quando disse que cada um deveria voltar para sua “caixinha” para preservar as instituições brasileiras e restaurar o poder político. Por toda essa minha leitura fui atacado por todos os lados, mas nunca deixei de me posicionar e defender o que penso”, disse.
Ciro Gomes comparou a Lava Jato com outra operação da Polícia Federal, a Satiagraha, anulada pelo Superior Tribunal de Justiça a pedido do Ministério Público Federal por ilegalidade na coleta de provas:
- Justamente por saber que um dia a história comprovaria o que vinha dizendo. O que estamos vendo hoje é exatamente o que eu alertava. Isso não é ter bola de cristal, é conhecer a história brasileira. Se lembram da Satiagraha?
Num conjunto de seis postagens no twitter, Gomes evitou fazer juízo de valor sobre o caso de Lula, mas reconheceu que o ex-presidente é o mais atingido pela Lava Jato. Mas destacou que, da mesma forma que Lula, outros presos pela operação podem ser beneficiados:
- Antes que as paixões contra ou a favor do ex-presidente Lula - o mais notável atingido pela Lava Jato - venham aqui defender cegamente seus interesses, lembrem-se de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Palocci... todos esses poderão se beneficiar com o que está acontecendo”, comentou.
E cobrou o funcionamento das instituições, órgãos de controle e fiscalização:
- Por essa razão, espero que as instituições brasileiras funcionem: Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público, STF e Congresso Nacional, deve