Aliada do então juiz Sérgio Moro e difusora de reportagens que exaltavam seu trabalho contra a corrupção, a revista Veja utilizou sua capa desta sexta-feira (14) para afirmar que os diálogos entre o ministro e o procurador da Lava-jato Dallagnol têm clara transgressões à lei e que "desconstroem a imagem de Sergio Moro, o grande herói da Lava-jato".
A revista já utilizou o mesmo espaço durante a retrospectiva de 2015 para afirmar que "ele salvou o ano". Menos de quatro anos depois, até a Veja percebeu o óbvio. A operação não era contra a corrupção e sim contra partidos e posições políticas .
O ministro do STF Gilmar Mendes se posicionou contrário às trocas de mensagens do juiz com representantes do Ministério Público. Mendes disse que Moro cometeu crime e que a sentença contra Lula pode ser anulada.
“O chefe da Lava Jato não era ninguém mais, ninguém menos do que Moro. O Dallagnol, está provado, é um bobinho. É um bobinho. Quem operava a Lava Jato era o Moro”, disse Gilmar. “Eu acho, por exemplo, que, na condenação do Lula, eles anularam a condenação”.