PGR pede ao STF reabertura de inquérito contra Fábio Faria por propina da Odebrecht
Natal, RN 4 de mai 2024

PGR pede ao STF reabertura de inquérito contra Fábio Faria por propina da Odebrecht

4 de outubro de 2021
PGR pede ao STF reabertura de inquérito contra Fábio Faria por propina da Odebrecht

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A Procuradoria-Geral da República pediu a reabertura do inquérito que investigou o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), sob suspeita de receber propinas da Odebrecht na eleição de 2010.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (4) pelo jornal Estado de S.Paulo

Em manifestação enviada ao gabinete da ministra Rosa Weber, relatora do caso no Supremo Tribunal Federal, o vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros diz que ‘novos elementos de prova’ justificam a retomada da investigação.

Madeiros cita um laudo feito pela Polícia Federal a partir de uma inspeção nos sistemas de contabilidade paralela do Grupo Odebrecht, que só ficou pronto após o arquivamento do inquérito, embora tenha sido solicitado antes disso.

A PF encontrou menções a pagamentos que teriam beneficiado o grupo político do deputado e a endereços que podem estar ligados a ele.

De acordo com o relatório, Fábio Faria recebeu os codinomes de ‘Garanhão’ e ‘Bonitinho’. Já ao pai dele, o ex-governador potiguar Robinson Faria (PSD), é atribuída a alcunha de ‘Bonitão’.

O vice-procurador defende que o caso seja encaminhado para a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte. Em 2019, o plenário do STF decidiu que a competência para julgar casos de corrupção e lavagem de dinheiro conexos a crimes eleitorais é da Justiça Eleitoral.

“O juízo de reabertura de investigações é próprio do juízo natural para a ação penal. Quando foi feito o arquivamento, o Supremo Tribunal Federal não havia firmado a competência da Justiça Eleitoral para casos que tais. Assim, o Supremo Tribunal Federal foi o juízo do arquivamento, mas não seria hoje o juízo para o caso”, diz um trecho da manifestação da PGR.

Aberta a partir da delação do Grupo Odebrecht, a investigação mirou indícios dos crimes de caixa dois e corrupção ativa. Foi arquivada em fevereiro de 2019 a pedido da própria Procuradoria-Geral da República. Na época, o órgão considerou que não havia provas para o oferecimento de denúncia contra o então deputado federal.

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