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Carlos Eduardo promete escolas, não cumpre e é criticado por agência nacional
22 de março de 2018

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A gestão Carlos Eduardo Alves não abriu nenhuma nova escola de educação infantil desde 2014. A informação foi destaque negativo na Lupa, primeira agência de jornalismo e checagem de notícias do país que, no mês de março, vem cruzando as promessas registradas nos programas de governo dos governadores e prefeitos eleitos em 2014 e 2016 com informações obtidas junto às gestões. No programa de governo que o prefeito protocolou no Tribunal Regional Eleitoral em 2016, Alves prometeu abrir Centros Municipais de Educação Infantil (CEMIs), o que não aconteceu.
Segundo a lista de escolas da prefeitura, Natal tem hoje 72 CMEIs, dois a menos do que havia em 2016. Procurada pela agência Lupa, a secretaria municipal de Educação de Natal afirmou, em nota, que a informação publicada no site está errada e confirmou 74 CMIs, o que não altera o número no atual mandato de Carlos Eduardo Alves. A jornalista Hellen Guimarães, responsável pela checagem, contou ainda que a prefeitura anunciou a inauguração de um CMEI em 2017, mas apenas transferiu a escola de um espaço alugado para um prédio próprio.
- Em dezembro de 2017, Alves anunciou a inauguração do CMEI Rosalba Dias de Barros, mas o que a prefeitura fez foi transferir o centro, que funcionava em um prédio alugado, para um prédio próprio. O decreto de criação da escola, na verdade, é de 2008.
De acordo com a prefeitura de Natal, a rede municipal atende atualmente 15 mil crianças.
Dados do IBGE obtidos a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2016 revelam que 117,7 mil crianças, de 0 a 3 anos de idade, estão fora da escola no Rio Grande do Norte.
Promessa
O prefeito Carlos Eduardo Alves vive um dilema diante da possibilidade de ter que renunciar ao mandato até 7 de abril para se candidatar ao governo do Estado. Durante a campanha de 2016, Alves também prometeu aos eleitores que concluiria o mandato. Caso descumpra mais essa promessa, assume o vice-prefeito Álvaro Dias (MDB), investigado pelo Ministério Público por inchar a folha de pagamento da Assembleia Legislativa entre 1997 e 2003, quando presidiu a Casa. Dias foi indicado pelo ex-deputado federal Henrique Alves, atualmente preso em razão de desdobramentos da operação Lava-jato.
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