Petrobras importa gás após baixar produção nacional e desativar refinarias
Natal, RN 17 de mai 2024

Petrobras importa gás após baixar produção nacional e desativar refinarias

31 de março de 2020
Petrobras importa gás após baixar produção nacional e desativar refinarias

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Por Gilson Sá, especial para a agência Saiba Mais

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que a Petrobrás fez uma importação adicional de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) na segunda-feira (30) ao mercado. A decisão foi tomada após reunião por teleconferência entre a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG) do MME com diversos agentes do setor envolvidos no abastecimento do gás de cozinha (GLP - 13 kg), como Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Petrobrás.

O Governo Federal insinua que a importação do GLP foi feita para suprir a falta de gás em algumas cidades brasileiras, gerada pela grande procura do produto durante o isolamento social necessário para prevenção do Corona Vírus.

Responsável por quase 100% da produção de GLP no país, a Companhia opta por baixar a produção nacional e manter desativadas algumas unidades no país, ao invés de fazer uma gestão estratégica prevendo tais situações geradas pela pandemia que afeta o mundo inteiro já há alguns meses, e importando o produto que poderia estar sendo produzido inteiramente aqui no Brasil.

O fato é que o Brasil não precisa importar GLP. A decisão de preferir comprar do que ser autossuficiente é absurda, na visão dos sindicalistas. Mesmo diante da situação que o país atravessa, a atual gestão da Petrobrás ainda insiste em prosseguir com as mudanças operacionais que visam a venda de refinarias e de ativos para benefício do capital privado.

O coordenador geral do SINDIPERO-RN Ivis Corsino afirma que no Rio Grande do Norte, por exemplo, está havendo redução de carga na unidade de gás, e que há muitos riscos envolvidos nessa escolha feita pela Companhia.

“A maior produção de gás do Rio Grande do Norte é na área marítima, e esta foi parada semana passada. Isso vai impactar diretamente na unidade de processamento do produto, e, consequentemente, na oferta de gás ao mercado. Podendo causar desabastecimento também aqui no RN”, explicou o sindicalista.

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