TRABALHO

Enfermagem do RN cruza os braços por 24h e pede derrubada de veto ao piso nacional

Trabalhadores e trabalhadoras da Enfermagem do Rio Grande do Norte realizaram uma paralisação de 24h na quinta-feira (25). O objetivo foi reivindicar a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao reajuste anual do piso da categoria. A intenção também era pedir a implementação imediata do piso no estado e nos municípios.

O dia de luta começou em frente ao Hospital Walfredo Gurgel e, à tarde, terminou com ato público na calçada do Midway Mall.

O diretor do Sindsaúde/RN João Assunção avaliou a programação de forma positiva: “Tivemos uma participação considerável de profissionais da área. Não temos condições de pagar a mídia e com essa paralisação tivemos uma boa cobertura da imprensa. Acho que o nosso grito chegou até os congressistas. Também tivemos uma repercussão a nível nacional, não ficou só local”.

Com tendas instaladas na área externa do hospital e faixas com dizeres “Sem enfermagem não se faz saúde”, os trabalhadores participaram de uma apresentação do setor jurídico do Sindsaúde/RN (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte), que mostrou com detalhes as novas mudanças e os trâmites legais até a regulamentação do piso.

Os advogados explicaram ainda sobre as consequências do veto de Bolsonaro, que implica diretamente no congelamento do piso. O artigo retirado pelo presidente garante a correção anual do piso pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse reajuste estava previsto no projeto aprovado pelo Congresso. O veto pode ser derrubado ou mantido pelo Congresso Nacional até o dia 5 de setembro.

Os servidores tiveram momento de descontração com um trio forrozeiro na hora do almoço. E depois desse momento cultural, a categoria saiu em caminhada em direção ao Shopping Midway para o ato público, às 15h. Soltando balões pretos, a Enfermagem homenageou os trabalhadores e trabalhadoras que perderam suas vidas na pandemia.

Esse foi o primeiro ato a nível nacional contra o veto de Bolsonaro e pela cobrança da implantação do piso da Enfermagem. Além de Natal e Grande Natal, a paralisação contou com a presença de trabalhadores de diversos municípios do RN, como Assú, Santana do Matos, Mossoró, Tenente Laurentino Cruz, Florânia, Poço Branco e João Câmara.

 

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