Professor da UFRN vai comandar federação nacional de docentes
Natal, RN 17 de mai 2024

Professor da UFRN vai comandar federação nacional de docentes

15 de dezembro de 2023
3min
Professor da UFRN vai comandar federação nacional de docentes
Wellington Duarte é diretor do ADURN-Sindicato e lotado no Departamento de Economia

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O economista Wellington Duarte foi eleito nesta quinta-feira (14) para a presidência da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (PROIFES-Federação).

Duarte, que atua no Departamento de Economia (Depec) da UFRN, é diretor do Sindicato dos Docentes da universidade (ADURN-Sindicato), entidade filiada ao PROIFES, e já estava na direção da federação como vice-presidente.

A nova gestão, em que estará à frente, vai seguir no triênio 2024-2027. A votação foi realizada na manhã da quinta (14), em reunião do Conselho Deliberativo (CD) da entidade, que é formado por membros indicados pelos sindicatos federados. O professor Flávio Silva, do Adufg-Sindicato, compõe a chapa vitoriosa como vice-presidente.

Um dos principais desafios, para o professor, será seguir em busca da recomposição salarial dos docentes do ensino superior. 

“A federação vem trabalhando com o governo nas negociações salariais e de melhorias na carreira, então a gente vai prosseguir essa luta para ver se a gente consegue colocar dentro do orçamento o valor que corresponde aos interesses dos professores e professoras. universitárias”, defende o dirigente sindical. 

Em setembro, o presidente Lula (PT) sancionou a lei que concede reajuste salarial de 9% a servidores do Executivo federal, mas a categoria reclama que as perdas salariais desde 2016 - quando o governo Temer instituiu o teto de gastos - já chegam próximo aos 40%.

“Essa é uma luta que a gente está travando desde que o governo Lula assumiu. Fez um reajuste de 9%, que foi uma batalha terrível, e agora a gente está tentando ver um reajuste para 2024”, aponta.

O PROIFES nasceu em 2004 não como uma federação, mas como um fórum de professores. A divisão no movimento nacional docente, à época, se deu por leituras diferentes da tática e de como agir frente ao primeiro governo Lula.

A principal entidade de classe do ensino superior, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), é ligada a setores do PSOL e do PCB. As posturas de oposição e de greves nos primeiros anos do PT na presidência incomodaram o setor democrático-popular, que identificavam no ANDES um “radicalismo”, segundo Wellington Duarte. 

“Quando surge o Fórum de Professores em 2004, foi exatamente pela divergência que a gente tinha com relação aos encaminhamentos da luta política. Eram sempre radicalizadas, não abriam negociações, e em cima disso a gente começou esse fórum que durou até 2011, quando se transformou em federação”, explica.

Hoje, na base do PROIFES, estão de 30 a 40 mil docentes, de acordo com o presidente eleito. Passados 19 anos desde a fundação, Duarte identifica as digitais da entidade em várias conquistas do movimento docente e à postura de diálogo que é priorizada. 

“Dos reajustes que nós tivemos, à mudança na carreira e várias outras benesses que nós conseguimos com muita luta foram derivadas das propostas vindas do PROIFES”, aponta.

“É por isso que a gente acha que essa trajetória é positiva”, comemora o professor.

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