No RN, registro de novas armas para defesa pessoal despenca 96%
Seguindo uma tendência nacional, o Rio Grande do Norte assistiu à uma queda nos registros de novas armas para os cidadãos, aqueles que utilizam para uso pessoal. O número caiu de 1326 em 2022 para 43 no ano passado, redução de 96,7%.
Foi ainda o menor número desde 2000, quando apenas 34 pessoas fizeram o registro, segundo dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
A diminuição no armamento da população acontece depois que Lula promoveu um “revogaço” logo que assumiu a presidência, em janeiro de 2023, revendo uma série de normas do governo Bolsonaro.
Entre o pacote de alterações propostos pelo petista, houve uma suspensão para novos registros de armas por caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e por particulares; a redução dos limites para compra de armas e munição de uso permitido; suspensão de novos registros de clubes e escolas de tiro; bem como a suspensão de concessão de novos registros para CACs.
Os dados do Sinarm mostram ainda que a cultura armamentista é majoritariamente masculina: de todos os registros feitos no RN durante o ano passado, apenas 2,33% (um) foi de mulher; em 2022, o percentual foi de 3,09%, com 41 mulheres se registrando.
A preferida, no ano passado, foi a pistola (40), seguida de revólver (2) e riffle (1). Já a marca que dominou foi a Taurus, com 39 armas.
Os registros para servidores públicos também tiveram uma redução: passaram de 377 em 2022 para 174 no ano passado.
Tendência nacional
Os números do Rio Grande do Norte seguem o já observado no país. No Brasil, o registro para defesa pessoal teve o menor número desde 2004. Em 2023, foram 20.822 novos cadastros, quase 82% a menos do que o total registrado em 2022 (114.044).