Paulinho Freire assina pedido de impeachment contra Lula
O pedido de impeachment contra Lula, apresentado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), continha, até esta quarta-feira (21), a assinatura de 129 deputados, entre eles, a de três parlamentares pelo Rio Grande do Norte: os assumidamente bolsonaristas General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL), além do pré-candidato à Prefeitura do Natal, Paulinho Freire (União).
A oposição ao governo diz que as declarações de Lula sobre a guerra na Faixa de Gaza ferem o artigo 5º da Constituição Federal, no qual está classificado como crime ‘cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
A extrema-direita se refere ao episódio ocorrido durante compromissos do presidente da República na Etiópia, no início da semana:
“É preciso parar de ser pequeno, quando a gente precisa ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula.
Num claro alinhamento à extrema direita e ao bolsonarismo, apesar de não ter feito propaganda do voto em suas redes sociais, Paulinho Freire costuma ser discreto em suas publicações. Na capital potiguar, Freire teve o nome lançado pelo presidente da Câmara Municipal, Eriko Jácome (PP), em janeiro deste ano. Antes de partir para Brasília para assumir o cargo de deputado federal, Paulinho é que ocupava o cargo de presidente da Câmara, onde permaneceu de 2019 a 2023.
Chances nulas
Apesar dos 129 votos (adesão maior do que a do impeachment de Dilma Rousseff, quando foram contabilizadas 124 assinaturas) pelo impeachment, os analistas políticos apontam como nulas as chances do andamento do processo.