Fuga em Mossoró: fugitivos são capturados no Pará após 50 dias de buscas
Natal, RN 30 de abr 2024

Fuga em Mossoró: fugitivos são capturados no Pará após 50 dias de buscas

4 de abril de 2024
3min
Fuga em Mossoró: fugitivos são capturados no Pará após 50 dias de buscas

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Após 50 dias de buscas, os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram capturados nesta quinta-feira (4). A Polícia Federal divulgou oficialmente a informação. Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, tinham fugido do presídio no dia 14 de fevereiro. "Na tarde desta quinta-feira (4), em uma ação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal, foram presos, em Marabá (PA), os foragidos do Sistema Penitenciário Federal Rogério Mendonça e Deibson Nascimento", confirma a PF em nota.

Os dois presos integram a facção criminosa Comando Vermelho estavam em Mossoró desde setembro de 2023. Eles foram os primeiros a conseguir fugir do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).

Há 50 dias, uma força-tarefa criada para capturar os fugitivos tentaram seguir os passos dos fugitivos. O grupo incluía a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do estado.

No Rio Grande do Norte, a equipe foi desarticulada em 30 de março, após 46 dias de buscas. Segundo o Ministério da Justiça, a partir de então, as buscas passaram a ser focadas em ações de inteligência.

Oito pessoas foram presas e 10 servidores estão sendo investigados

A Polícia Federal prendeu um suspeito de ajudar na fuga dos dois detentos da penitenciária federal de Mossoró. A prisão ocorreu segunda-feira (dia 1º) no Ceará e a suspeita é que este é integrante da rede de apoio mobilizada por uma facção criminosa para ajudar Deibson Nascimento e Rogério Mendonça na fuga.

O Polícia Federal não deu detalhes da prisão, expedida pela 8ª Vara da Justiça Federal de Mossoró. Com a prisão, já são oito pessoas detidas desde o início das investigações.

Os dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró ficaram ao menos 30 dias sem receber revistas nas celas, procedimento que deveria acontecer diariamente. É o que aponta uma investigação preliminar sumária (IPS) realizada pela corregedoria da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

No documento, a fuga é apresentada como resultado de uma sequência de falhas de procedimento. A IPS concluiu preliminarmente que não houve conivência.

A corregedoria da Senappen abriu investigação contra 10 servidores do presídio, incluindo o chefe de segurança, o diretor da unidade, seis chefes de plantão e dois servidores das torres 3 e 4, que supostamente teriam visão sobre a área de onde os presos fugiram.

De acordo com a investigação, a falta de revistas diárias nas celas permitiu que os servidores que trabalham na unidade não conseguissem perceber o buraco que os dois presos estavam fazendo na luminária.

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