Os policiais civis do RN decidiram nesta quinta-feira (25), em assembleia da categoria, encerrar greve. A decisão ocorreu 24 horas após o desembargador Dilermando Mota, do Tribunal de Justiça do RN, determinar ao Sinpol o encerramento imediato da paralisação. Pela manhã, o comando de greve havia informado que a greve não seria paralisada.
Na decisão, o magistrado pediu o restabelecimento integral dos serviços de polícia judiciária, de forma plena, em todo o Estado do RN. Além disso, caso a decisão seja descumprida, será aplicada multa diária que vão de R$ 5 mil, limitadas ao valor de R$ 100 mil, inicialmente.
À tarde, os Policiais Civis se reuniram em Assembleia e deliberaram por uma proposta apresentada pelo Governo do Estado em relação à pauta salarial. Pelo texto publicado no site da entidade, "a categoria aceitou o que foi posto, no entanto, condicionou o acordo à implantação do auxílio-alimentação, haja vista que as outras forças da Segurança Pública já recebem".
Também foi deliberado que as delegacias voltam a funcionar no expediente regular. A categoria deliberou em assembléia, no entanto, que as Diárias Operacionais de serviço extraordinário seguirão paralisadas "até que acordo com o Executivo seja concretizado e assinado".
De acordo com Nilton Arruda, presidente do SINPOL-RN, os percentuais oferecidos pelo Governo, que têm uma média de 7% entre as classes da Polícia Civil, estão muito abaixo das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos. Mesmo assim, houve um entendimento da categoria pela aceitação.
Entenda a paralisação
A greve dos policiais civis do Rio Grande do Norte foi iniciada terça-feira (23). De acordo com o sindicato da categoria a decisão foi em decorrência da falta de acordo com o governo em relação ao reajuste salarial. Com a medida, todas as delegacias ficam fechadas.
Segundo Nilton Arruda, presidente do Sinpol-RN, os policiais civis tiveram uma perda inflacionária de 54%, considerando os últimos cinco anos. Inicialmente, a categoria queria um reajuste de 30% e depois flexibilizou para 10%, mediada pela Delegacia Geral, mas ainda não foi suficiente para o governo aceitar.