O ano de 2021 começou com uma cena curiosa no município de Baía Formosa. A prefeita recém empossada da cidade organizou um ato para destruir partes de uma praça que estava sendo construída na cidade. A abertura da esdrúxula ação se deu com a nova mandatária, Camila Melo, dando marretadas em uma peça de alvenaria.
O vídeo da prefeita ganhou destaque na imprensa local e repercutiu fortemente nas redes sociais. Muitas pessoas se manifestaram sobre o assunto. Dentre elas, o ministro das comunicações do governo Bolsonaro, Fábio Faria.
O deputado federal licenciado usou o Twitter para criticar a atitude de Camila Melo. Na oportunidade, classificou a movimentação como vandalismo e ressaltou que a obra estava sendo realizada com recursos oriundos do Ministério do Turismo, fruto de uma emenda parlamentar do seu mandato.
O curioso é que existe outra relação entre as marretadas da prefeita com o ministro. Para entender o vínculo, é necessário voltar ao mês de maio de 2010 quando existia um grande impasse em Natal sobre a demolição do Machadão para a construção da Arena das Dunas. Na época, para incomodo do deputado, não existia nenhum projeto para a derrubada do antigo estádio.
Diante do cenário de indefinição, Fábio Faria usou o Twitter no dia 17 de maio de 2010 para conclamar as pessoas a se dirigirem ao Machadão portando marretas. O objetivo era iniciar simbolicamente a derrubada do estádio através de um protesto denominado de "Marcha da Marreta". Diante da repercussão negativa, o exótico movimento não prosperou.
O Machadão recebeu partidas de futebol até abril de 2011, ou seja, quase um ano depois da hilariante ideia da "Marcha da Marreta". Caso a intenção tivesse prosperado, a ação do filho de Robinson Faria também iria se enquadrar como vandalismo e dilapidação do patrimônio público que poderia render algum processo judicial.
Será que a prefeita de Baía Formosa destruiu a praça inspirada no ministro das comunicações? Não há como negar que o ato Camila Melo foi a materialização de uma ideia de Fábio Faria.