Natalenses gastaram quase metade de um salário mínimo em cesta básica em agosto, estima Dieese
Uma cesta básica para uma família composta por até 4 pessoas custou uma média de R$ 508,04 no mês de agosto, em Natal, segundo pesquisa mensal do Dieese (departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O valor equivale a 49,93% do salário mínimo. Dessa forma, segundo o cálculo, uma pessoa assalariada precisou trabalhar até 101 horas e 37 minutos somente para comprar a alimentação da casa.
A variação mensal de valores na capital potiguar foi de 0,3%, uma das menores dentre as 17 cidades pesquisadas. Segundo a pesquisa, o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 13 capitais e diminuiu em quatro.
As maiores altas foram registradas em Campo Grande-MS (3,48%), Belo Horizonte-MG (2,45%) e Brasília-DF (2,10%).
Por outro lado, houve maior queda nos valores em Aracaju-SE (-6,56%), Curitiba-PR (-3,12%), Fortaleza-CE (-1,88%) e João Pessoa-PB (-0,28%).
O Dieese também comparou a variação dos últimos 12 meses, e constatou que, entre agosto de 2020 e agosto de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento.
A cesta mais cara do país no mês de agosto foi registrada em Porto Alegre-RS, e chega a R$ 664,64. Com base nesse valor, o órgão estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.583,90, o equivalente a 5,08 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100. O cálculo é pensado a partir de uma família composta por dois adultos e duas crianças.
Produtos que aumentaram ou diminuíram de preço em Natal
Em comparação a julho, os produtos que mais subiram de preço em Natal, no mês de agosto, foram a banana (18,54%), café (9,55%), farinha (1,67%), leite (1,60%), pão (0,63%) e manteiga (0,24%).
Tiveram alguma redução no valor, na capital potiguar, o açúcar (-2,78%), tomate (-2,35%), carne (-2,22%), óleo de soja (-1,02%), arroz (-0,57%) e feijão (-0,14%).