Oposição quer transformar Ezequiel em “meme”
Natal, RN 4 de mai 2024

Oposição quer transformar Ezequiel em “meme”

19 de fevereiro de 2022
3min
Oposição quer transformar Ezequiel em “meme”

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O meme, no mundo da internet, é aquela figura ou mensagem que viraliza, na maioria das vezes carregada de ironia e humor. Um dos memes mais conhecidos é a imagem em que um diabo fala no ouvido de uma garotinha emburrada a frase “Vai lá e...”. O desfecho varia de acordo com a situação e o personagem, que geralmente substitui a menininha.

A imagem vem do clássico filme trash  “Santa Claus”, também conhecido como “Santa Claus vs. The Devil” (Papai Noel contra o Demônio), longa dirigido pelo ator e diretor mexicano René Cardona, um dos precursores do terror trash latino-americano.

No bojo das especulações sobre o adversário que enfrentará Fátima Bezerra nas urnas em outubro, um nome parece candidatíssimo a aparecer no lugar da garotinha com quem o diabo troca uma ideia: o presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza.

É o que a Oposição parece desejar ao insistir e pressionar, através da imprensa, que Ferreira deixe o conforto de sua reeleição na Casa legislativa para se aventurar a disputar o Governo do Estado contra alguém que até aqui foi parceira, nunca adversária.

Ezequiel é experiente, tem um perfil muito discreto e quase nunca fala com a imprensa nem dá declarações em redes sociais. O problema é que não existe espaço vazio na política. E enquanto ele permanece em silêncio, amigos e correligionários falam por ele, com ou sem procuração. O último “porta-voz” do tucano foi o ex-vice-governador Fábio Dantas que, em entrevista a uma rádio local, disse que Ezequiel é “governador de férias” e que, se ele quiser disputar o Governo, já teria a vitória garantida.

O leitor não precisa ter uma memória muito boa para lembrar que o último político que se autointitulou “governador de férias” perdeu a eleição para uma mulher. Em 2006, Garibaldi Alves Filho foi derrotado por Wilma de Faria por acreditar no que o cramulhão lhe sussurrou no ouvido.

Fábio Dantas é o “diabo” da vez, mas não é o único. José Dias, Rogério Marinho, Tomba, Gustavo Carvalho e outros da mesma cepa já “lançaram” Ezequiel aos leões.

Aqui não se discute a força política do presidente da ALRN, mas uma pesquisa rápida nos arquivos da história recente do Rio Grande do Norte mostra que não há caso em que o chefe do legislativo estadual tenha vencido uma eleição para governador sentado naquela cadeira.

Robinson mandou na Assembleia por oito anos, mas quando foi eleito, em 2014, já tinha deixado a ALRN em 2010 para assumir o posto de vice no governo Rosalba Ciarlini.

A oposição a Fátima bate cabeça e atira para todos os lados em busca do candidato ideal para erguer a bandeira do anti-petismo e defender o legado bolsonarista no Rio Grande do Norte.

Por enquanto, o diabo é quem quer.

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