Estátua de Câmara Cascudo no centro de Natal amanhece pichada com mensagens antifascistas
Natal, RN 4 de mai 2024

Estátua de Câmara Cascudo no centro de Natal amanhece pichada com mensagens antifascistas

2 de maio de 2022
2min
Estátua de Câmara Cascudo no centro de Natal amanhece pichada com mensagens antifascistas

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A estátua de Câmara Cascudo que fica na entrada do Memorial que leva o nome do pesquisador, escritor e intelectual potiguar, no bairro da Cidade Alta, centro de Natal, amanheceu com as mãos pintadas de vermelha e em sua base a frase: Fascistas não passarão!

A Fundação José Augusto (FJA), responsável por administrar o Memorial Câmara Cascudo já foi notificada da ocorrência e enviou uma equipe de técnicos para averiguar a ocorrência e dar início à restauração do monumento.

Câmara Cascudo é um intelectual potiguar reconhecido por suas contribuições à pesquisa do folclore, cultura, personagens do povo e foi um dos primeiros a pesquisar sobre a alimentação no Brasil. No entanto, o escritor, que também era monarquista e católico, tem sido criticado por alguns setores da esquerda por seu passado integralista. Segundo matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo, Cascudo foi o líder do movimento no Rio Grande do Norte em 1932, conforme carta encontrada no próprio Memorial pela equipe de reportagem.

Cascudo também teria recebido uma comenda de Mussolini, o ditador italiano, pela publicação do livro "Em Memória de Stradeli", que conta a história do viajante italiano que passou pelo rio Amazonas no século XIX.

No entanto, Câmara Cascudo teria devolvido a comenda em 1942, depois que submarinos italianos torpedearam navios mercantes brasileiros e também teria se desvinculado do movimento em 1938, quando os integralistas tentaram derrubar Getúlio Vargas. Durante a ditadura, na década de 1970, Cascudo chegou a criticar os militares.

Entre suas obras mais conhecidas estão:

Antologia do folclore brasileiro (1943);

Geografia dos mitos brasileiros (1947);

Os holandeses no Rio Grande do Norte (1949);

Dicionário do folclore Brasileiro (1951).

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