A atividade comercial no Rio Grande do Norte ainda não conseguiu superar os valores de antes da pandemia do novo coronavírus, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgada nesta quinta (14).

Em comparação a julho, o comércio varejista caiu 1,0% no RN em agosto e teve seu segundo mês consecutivo de queda. O volume de vendas no varejo também diminuiu nesse mesmo período, chegando a uma queda de 7,2%. Com esses resultados, o RN teve um nível de atividade menor do que aquele registrado em fevereiro de 2020, antes do início da pandemia do novo coronavírus, decretada a partir de março.

A média de retração do comércio no RN, em comparação com agosto de 2020, está no mesmo patamar de outros estados do Nordeste, como Alagoas (-7,7%) e Pernambuco (-7,8%). Ao todo, houve redução nas vendas em 24 unidades da federação, o que colocou o Brasil num patamar de queda de -4,1% no volume de vendas.

Alta em um ano no varejo

Mas, apesar dos números negativos em relação a julho, entre janeiro e agosto de 2021, o comércio varejista potiguar acumula um crescimento de 3,5% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Varejo ampliado tem pior resultado no Nordeste

No entanto quando o assunto é varejo ampliado, que compreende as atividades de venda de material de construção, veículos, motocicletas, partes e peças, além do varejo comum, o Rio Grande do Norte teve queda de 1,6% entre julho e agosto. Esse é o pior desempenho mensal registrado entre os estados do Nordeste. O maior crescimento foi do Ceará e Sergipe, que alcançaram 1,1%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o RN tem saldo positivo de 5,7%. No entanto, esse é o menor resultado entre os estados do Nordeste.

Setor de serviço cai em agosto, mas tem saldo positivo em um ano

O volume total de serviços no Rio Grande do Norte caiu 0,9% em agosto, um desempenho que fica abaixo da média nacional (que teve crescimento de 0,5%). Porém, o volume de serviços prestados ainda é 21,1% maior do que o registrado no mesmo mês de 2020.

O dado positivo é o indicador do volume de serviços, que mede o acumulado dos últimos 12 meses. A alta, de 1,3%, foi o primeiro valor positivo desde março de 2020, quando começou a pandemia. No entanto, esse crescimento foi um dos menores do Nordeste. O RN supera apenas Sergipe (-1,3%), representando cerca de um quarto da média nacional (5,1%).