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Caern duplica investimentos nos últimos 10 anos para ampliar rede de esgoto e água no RN
15 de outubro de 2023
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Até 2033, a direção da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte planeja cobrir 99% do território potiguar com abastecimento de água e 90% com esgoto, conforme o estabelecido no Marco do Saneamento.
Para isso, o investimento no setor vai dar um salto em 2023 e, pela 1ª vez, vai passar da casa dos R$ 200 milhões, o que equivale ao dobro do que era investido há dez anos, em 2013 (R$ 104.449 milhões).
A meta é, com o investimento, melhorar as condições de vida das pessoas mais pobres. Em 2022, 85,5% das crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos do Rio Grande do Norte foram privadas de algum tipo de direito, como acesso a água e saneamento básico, segundo o relatório “Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil”, do Unicef, braço das Organização das Nações Unidas (ONU) para a infância e adolescência. Os dados detalhados foram publicados em uma outra matéria da Agência Saiba Mais.
“Com os investimentos em obras e educação ambiental, as melhorias nestes indicadores seriam uma consequência”, avalia Roberto Linhares, diretor-presidente da Caern.
Atualmente, Natal possui nove Estações de Tratamento de Esgotos (ETE’s) em funcionamento para a área residencial e uma, exclusiva, para área industrial.
Na Zona Norte, o sistema atende os bairros de Igapó e parte de Jardim Lola I e II. Nas demais regiões, são atendidos: Santos Reis, Rocas, Praia Do Meio, Ribeira, Petrópolis, Areia Preta, Mãe Luíza, Cidade Alta, Tirol, Barro Vermelho, Alecrim, Lagoa Seca, Nordeste, Quintas, Dix-Sept Rosado, Lagoa Nova, Nova Descoberta, Bom Pastor (parcial), Felipe Camarão (parcial), Nazaré, Cidade Esperança, Cidade Nova (parcial), Candelária (parcial), Capim Macio (parcial), Neópolis(parcial) e Ponta Negra (parcial).
O presidente da Companhia explica que em algumas localidades, o custo de manutenção do sistema de abastecimento é maior do que a própria arrecadação, mas que o serviço é garantido, o que não ocorreria no caso de uma empresa privatizada.
“A grande defesa de ser uma empresa pública à frente destes serviços está relacionado com a questão de a água ser um bem essencial e distribuímos água, inclusive, para cidades deficitárias, que não possuem uma arrecadação que sustente o próprio sistema, como é o caso de 90% dos municípios atendidos atualmente pela Caern”, revela Linhares.