Força Nacional vem a Mossoró para reforçar busca dos fugitivos
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou nesta segunda-feira (19) o envio de 100 agentes e 20 viaturas da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) para Mossoró, para reforço nas buscas pelos dois fugitivos da Penitenciária Federal, que escaparam desde quarta-feira (14). A procura já entra no sétimo dia.
O pedido para o emprego da Força Nacional partiu do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. A medida teve o acordo da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT). Assim, a tropa se somará aos cerca de 500 agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e das forças locais que já atuam na operação de recaptura dos detentos.
Inicialmente, as buscas estavam sendo feitas em um perímetro de 15 km do presídio, mas já avançaram. Agentes se concentram agora numa região no município de Baraúna, próximo da divisa com o Ceará.
Enquanto isso, a ação dos agentes não tem prazo para ser encerrada. Em visita a Mossoró no último domingo (18), Lewandowski disse que o trabalho é complexo, especialmente por se desenvolver em um terreno formado por matas, zonas rurais e com grutas.
Mossoró é uma das cinco cidades do Brasil com unidades de presídios federais. Desde que Rogério da Silva Mendonça (conhecido como Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (o Deisinho) escaparam, algumas medidas de fortalecimento da segurança já foram estabelecidas.
“As estradas estão sendo monitoradas pela Polícia Rodoviária Federal, mas existem vias vicinais e casas esparsas na área. Trata-se de um trabalho complexo de busca de duas pessoas em uma área extensa. Começamos com 300 agentes e hoje estamos com 500 policiais. Nesse sentido, não estamos poupando esforços nem equipamentos, como helicópteros, drones, cães farejadores e equipamentos sofisticados”, afirmou o ministro naquela ocasião.
Ao mesmo tempo, de acordo com o Ministério da Justiça, há duas investigações em curso. Uma delas, de caráter administrativo, para apurar as responsabilidades da fuga e que podem levar a um processo administrativo. Ela está sob a liderança do titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia.
Também há um inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar eventuais responsabilidades de natureza criminal das pessoas que, eventualmente, facilitaram a fuga dos dois detentos da penitenciária.