Justiça solta suspeitos de ajudar na fuga da prisão de Mossoró
Por decisão da Justiça Federal, nesta quarta-feira (10), cinco pessoas presas durante as buscas pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, considerada de segurança máxima, por suspeita de fazerem parte da rede de apoio a Rogério Mendonça e Deibson Cabral, foram soltas. Segundo a 8ª Vara da Justiça Federal em Mossoró, na manhã de ontem o juiz revogou a prisão preventiva de quatro pessoas e expediu as suspensões dos mandatos anteriores para outras duas que estavam foragidas. Horas depois, confirmou a liberação de mais um detento.
O advogado de três dos presos, detidos na Cadeia Pública de Mossoró e em Fortaleza, confirmou a informação da soltura à imprensa nacional. Segundo o advogado, o magistrado considerou que a liberação dos presos não causa riscos à garantia da ordem pública. Apesar da decisão, os suspeitos continuam sendo investigados e ainda podem ser condenados pela Justiça caso se comprove a colaboração. Já o processo, continua em sigilo.
Desde o início das investigações, 8 pessoas foram presas e 10 servidores estão sendo investigados. Inclusive, um dos presos, na época, foi o irmão de Deibson (detido no Acre) e o outro foi um mecânico que teria recebido R$ 5 mil dos dois detentos para fornecer uma cabana em sua propriedade rural. No entanto, o mecânico afirmou que foi feito de refém e ajudou os foragidos sob ameaça.
Relembre o caso
Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, tinham fugido do presídio na última quarta-feira de cinzas, no dia (14) de fevereiro. Depois de 50 dias de buscas, os fugitivos de Mossoró, no Oeste Potiguar, foram recapturados no Estado do Pará.
A dupla de fugitivos foi a primeira que conseguiu escapar em toda a história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). Deibson e Rogério, integram a facção criminosa Comando Vermelho e estavam em Mossoró desde setembro de 2023. Segundo as investigações, eles tinham sido “abandonados” pela facção.
Ao todo, mais de 600 policiais da Força Nacional, Estadual e Federal, foram usados nas buscas, além de helicópteros, drones, ônibus e cães farejadores. No Rio Grande do Norte, a equipe foi desarticulada em 30 de março, após 46 dias de buscas. Segundo o Ministério da Justiça, a partir de então, as buscas passaram a ser focadas em ações de inteligência.
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