Governo Federal prorroga uso da Força Nacional em Mossoró por 60 dias 
Natal, RN 3 de mai 2024

Governo Federal prorroga uso da Força Nacional em Mossoró por 60 dias 

23 de abril de 2024
3min
Governo Federal prorroga uso da Força Nacional em Mossoró por 60 dias 
Força Nacional atuou nas buscas dos fugitivos da Penitenciária de Mossoró | Foto: Jamile Ferraris/ MJSP

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O Ministério da Justiça renovou o uso da Força Penal Nacional no reforço da segurança externa da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) por mais dois meses. Agora, segundo a portaria, publicada nesta terça-feira (23), os agentes vão ficar no estado por mais dois meses, até o dia 21 de junho. 

50 agentes da Força Penal foram enviados ao Rio Grande do Norte com a previsão de que ficassem no estado até 22 de abril. Com a nova medida, assinada pelo ministro da Justiça Ricardo Lewandowisk as equipes vão ficar no estado potiguar sob aviso, para realizar treinamentos e também para reforçar a segurança externa do presídio. Esses trabalhos serão coordenados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e, segundo a publicação, o número de agentes no RN obedecerá um planejamento pelos entes envolvidos na ópera. 

"Os treinamentos serão realizados na Penitenciária Federal em Mossoró e serão coordenados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O número de profissionais a ser disponibilizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública obedecerá ao planejamento definido pelos entes envolvidos na operação", informa a portaria publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira e que já está em vigor. 

A Força Penal Nacional foi criada no ano passado para dar uma resposta eficaz a crises no sistema prisional, como rebeliões e confrontos entre facções criminosas. No RN, os agentes chegaram após a primeira fuga da história dos presídios federais do Brasil, em fevereiro de 2024, onde Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral escaparam da prisão e foram recapturados quase dois meses depois. 

Relembre o caso 

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, fugiram do Presídio Federal de Mossoró na última quarta-feira de cinzas, no dia (14) de fevereiro. Depois de 50 dias de buscas, os fugitivos foram recapturados no Estado do Pará.

A dupla  foi a primeira que conseguiu escapar em toda a história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). Deibson e Rogério, integram a facção criminosa Comando Vermelho e estavam em Mossoró desde setembro de 2023. 

Ao todo, mais de 600 policiais da Força Nacional, Estadual e Federal, foram  usados nas buscas, além de helicópteros, drones, ônibus e cães farejadores. No RN, a equipe foi desarticulada em 30 de março, após 46 dias de buscas. Segundo o Ministério da Justiça, a partir de então, as buscas passaram a ser focadas em ações de inteligência.

Na última terça-feira (16) o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, declarou que a fuga no presídio “foi a única e será a última" do sistema penitenciário federal. Na ocasião, ele participava de uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

“Nós temos hoje quatro funcionários afastados e 10 processos administrativos disciplinares abertos. Havia, na época, 29 policiais de plantão, que foram substituídos. E nós aumentamos o quantitativo de policiais penais, que hoje montam 276 servidores”, informou o ministro. 

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