Cidades Mais Resilientes
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31 de março de 2024
3min
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Pequenas ou grandes, as cidades em todo o mundo têm desafios comuns, em especial os trazidos pela rápida urbanização e pelas mudanças climáticas. As Nações Unidas estimam que 4 bilhões de pessoas — mais da metade da população global — vivem nos centros urbanos. Até 2050, mais de dois terços da população mundial viverá nas cidades, o que gerará uma demanda crescente por moradias acessíveis, sistemas de transporte bem conectados e outras infraestruturas e serviços, além de empregos.

Além disso, o aumento da temperatura global intensifica os riscos de elevação do nível das águas, deslizamentos de terra, secas, furacões e outros desastres, que podem levar 100 milhões de pessoas à extrema pobreza.

Os desafios ambientais enfrentados nas cidades são, em grande medida, consequência dos processos acelerados, intensos e, por vezes, desordenados de urbanização, que resultam em complexas ramificações, espaços diferenciados, segmentados e vulneráveis.

Falta de saneamento básico, o descarte inadequado de resíduos sólidos e a localização inadequada de residências são exemplos representativos dos inúmeros desafios de planejamento urbano que impactam as populações, sobretudo aquelas com menor renda. Essas características são evidentes em sociedades contemporâneas de países em desenvolvimento, como o Brasil.

Entre janeiro e setembro de 2023, os danos decorrentes de eventos naturais no Brasil totalizaram US$ 555 milhões. Somente as intensas chuvas no Rio Grande do Sul, em junho, foram responsáveis por US$ 205 milhões. O fato de cerca de 4 milhões de pessoas viverem em áreas de risco, completamente expostas a adversidades climáticas, mostra que a realidade pode ser ainda pior. Ser capaz de enfrentar e superar os desafios inerentes a esse cenário, com a agilidade que a urgência da situação pede, implica em cidades resilientes.

A urgência do tema fez a Organização das Nações Unidas (ONU) lançar a iniciativa global “Construindo Cidades Resilientes” com o propósito de sensibilizar autoridades governamentais e cidadãos acerca da importância em fortalecer as cidades diante de situações adversas e desastres. Mais de uma década depois, o tema continua em pauta, com ainda mais ênfase.

A boa notícia é que, com conhecimento e criatividade, os centros urbanos estão encontrando formas de enfrentar novos e antigos problemas com menos perdas e maior capacidade de recuperação. Em outras palavras, criando resiliência (*) por meio da redução do consumo energético, uma vez que as cidades

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