Protesto do SINTE/RN questiona gestão de Álvaro Dias na educação
Natal, RN 14 de mai 2024

Protesto do SINTE/RN questiona gestão de Álvaro Dias na educação

8 de março de 2024
4min
Protesto do SINTE/RN questiona gestão de Álvaro Dias na educação
Imagem: Reprodução/SINTE-RN

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Nesta quinta-feira (07), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (SINTE/RN), realizou um protesto contra a gestão do prefeito Álvaro Dias durante a abertura da 24ª Jornada de Educação de Ensino de Natal (Jenat), promovida pela Secretaria Municipal de Educação (SME), realizada no Teatro Riachuelo, no shopping Midway Mall. O sindicato aponta que a motivação para o ato foi o descaso da prefeitura de Natal e da SME com a educação municipal e com os profissionais da área.

A diretora de comunicação do SINTE/RN, Thelma Farias, que esteve presente no protesto, relata as principais preocupações e reivindicações dos profissionais da educação de Natal nesse momento, destacando a situação das condições de trabalho que esse grupo enfrenta. “Desde que Álvaro Dias assumiu a prefeitura, a categoria dos professores e professoras não recebe reajuste salarial adequado de acordo com a lei do piso nacional. Já somamos 60% de perdas salariais, de defasagem no nosso salário, explica.

A falta de diálogo da prefeitura com a categoria também é um problema, de acordo com Farias. “A prefeitura não dialoga com o sindicato. É muito difícil a gente conseguir uma audiência. Às vezes nos reunimos com a Secretaria de Educação, mas a pasta não tem a autonomia de decidir as questões salariais sozinha”, esclarece.

De acordo com a diretora, o local escolhido para a realização do Jenat também foi um problema. “Como a prefeitura alega que não tem recursos para atualizar os nossos salários, mas aluga o Teatro Riachuelo para realizar uma jornada pedagógica? Sendo que já temos espaço próprio para isso, que é o Cemure”, questiona Freitas, se referindo ao Centro Municipal de Referência em Educação, localizado na zona oeste de Natal.

Diversos impasses

A questão salarial não é a única que preocupa os professores e as professoras. Farias aponta outras problemáticas na questão da educação na capital potiguar. Entre elas, estão as condições de trabalho, especialmente no que diz respeito à infraestrutura das escolas. “A maioria das escolas de Natal não oferece estrutura física adequada. Nas turmas onde há crianças com necessidades especiais, por exemplo, é uma dificuldade para ter um auxiliar de sala”, explica.

A falta de professores nas escolas é uma preocupação presente. A diretora aponta que a razão desse problema é que a Prefeitura de Natal já não oferece concursos públicos para esses profissionais há muito tempo: “Muitos professores hoje não são do quadro efetivo, eles têm um contrato temporário”, argumenta. 

Como anunciado em dezembro do ano passado, a Prefeitura pretende realizar um concurso público para professor em Natal, com 710 vagas ao todo. Caso seja realizado, esse será o primeiro concurso na rede municipal desde 2015.

Crianças sem estudar

Neste ano, 1.208 crianças ficaram sem vagas para o ano letivo. Isso porque a Prefeitura de Natal ofereceu, por meio de sorteio eletrônico, 3.749 vagas para as faixas etárias de creches na educação para 4.957 crianças que foram inscritas.

Na ocasião em que ocorreu o sorteio eletrônico promovido pela SME, no último dia 28, a secretária municipal de Educação, Cristina Diniz, afirmou que o sorteio “garante distribuição imparcial das vagas, eliminando possíveis interferências externas”.

Mas, segundo Freitas, a falta de vagas na rede municipal de ensino é mais uma questão do descaso da Prefeitura. “Há muitos anos não se constroem novas escolas, novos CMEIs, e isso diminui a oferta de vagas para os estudantes. É mais uma questão do descaso de Álvaro Dias. Essa forma do sorteio é excludente”, ressalta.

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