Sidarta cobra do governo Lula solução para a greve nas universidades
O neurocientista Sidarta Ribeiro cobrou do governo Lula, nesta quinta-feira (9), uma solução rápida para por fim à greve de professores e servidores técnicos nas universidades federais do país.
Ao todo, 47 instituições de ensino superior estão paralisadas em todo o território nacional. Os grevistas ganharam apoio dos estudantes. Os docentes da UFRN deflagraram a greve em plebiscito realizado em 17 de abril. Já os técnicos administrativos do IFRN e da UFRN começaram o movimento paredista antes, em 3 de abril. A Ufersa é a única instituição federal de ensino no Rio Grande do Norte que não aderiu à paralisação.
A categoria reivindica recomposição salarial, com reajuste ainda em 2024. A proposta do Proifes, federação que reúne os sindicatos dos docentes, inclui 3,5% em setembro de 2024; 9,5% em janeiro de 2025 e 4% em janeiro de 2026. No entanto, o Governo Federal só acena com 9% em 2025 e 3,5% em 2026, ou seja, nenhum centavo de aumento salarial este ano.
Professor do Instituto do Cérebro da UFRN e uma voz importante e engajada entre os cientistas brasileiros, Sidarta Ribeiro gravou um vídeo informando a população sobre a greve e pedindo celeridade do governo federal para atender as reivindicações dos professores e técnicos:
- Está acontecendo uma greve de grandes proporções nas universidades federais. Eu aderi à greve por respeitar a decisão da maioria. Essa greve é justa e busca apenas recompor as perdas salariais causadas pela inflação nos últimos anos. Várias outras categorias tiveram recomposições que os professores e técnicos não tiveram. É apenas justo que tenham. É importante que o governo Lula se apresse para atender essas reivindicações. A universidade federal, pública, gratuita e de qualidade é fundamental para esse país”.
O Ministério da Educação instalou uma mesa setorial permanente de negociação para debater as propostas com professores e técnicos. A próxima reunião está agendada para segunda-feira, 13 de maio, em Brasília. Na ocasião, o Proifes também vai cobrar respostas para a propostas de reestruturação das carreiras.
- Essas carreiras são de Estado e precisam ser tratadas de maneira estratégica. Toda a força para a luta dos professores e técnicos e que o Governo Federal possa resolver isso com a maior brevidade possível porque temos todos o mesmo objetivo: construir um país melhor”, encerrou.