O Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do RN (CEPCT) divulgou nota sobre os 55 anos do golpe de 1964:
Tortura não se comemora, se repudia!
O dia 31 de março é uma data para lembrarmos o conjunto de eventos ocorridos no Brasil que culminaram no horror do golpe civil militar de 1° de abril de 1964.
De fato, esse período representa um dos mais sombrios da história brasileira, apontado pela destituição dos direitos políticos e civis, assim como pelo início do período ditatorial marcado pela censura, perseguições, raptos, desaparecimentos e assassinatos.
Precisamos lembrar, como um ato político de resistência, a toda tentativa de retorno à barbárie, ao autoritarismo, aos desaparecimentos, torturas e assassinatos que muitas famílias viveram, como ainda vivem e choram a ausência de seus familiares e o direito de enterrá-los. Ainda sofremos as consequências civilizatórias deste regime.
Não podemos celebrar o terror, a dor e a tortura praticada. Sendo assim, nos solidarizamos com todas as famílias brasileiras que ainda choram à perda de seus familiares, em especial das famílias de tantos potiguares, como as famílias de: Anátália de Souza Alvez de Melo; Djalma Maranhão; Édson Neves Quaresma; Emanuel Bezerra dos Santos; Geraldo Magela Fernandes Torres da Costa; Hiram de Lima Pereira; José Silton Pinheiro; Lígia Maria Salgado Nóbrega; Luiz Ignácio Maranhão Filho; Luís Pinheiro; Virgílio Gomes da Silva; Zoé Lucas de Brito e todas as famílias de pessoas torturadas sobreviventes.
É nesse sentido que o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do RN afirma seu compromisso com a defesa da democracia, com a garantia de direitos humanos, com a reparação e construção da memória de tamanha violência e repudia as determinações do Presidente da República em “celebrar” o golpe civil militar!
DITADURA NUNCA MAIS!
31 de março de 2019
Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do RN – CEPCT