RN teve no mês de maio o maior número de solicitações diárias por leitos de UTI de toda pandemia
Natal, RN 11 de mai 2024

RN teve no mês de maio o maior número de solicitações diárias por leitos de UTI de toda pandemia

2 de junho de 2021
RN teve no mês de maio o maior número de solicitações diárias por leitos de UTI de toda pandemia

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Com 3.754 solicitações por leitos críticos (semi-intensivos ou UTI’s) para pacientes com covid-19, o mês de maio apresentou a maior demanda por leitos de toda a pandemia no Rio Grande do Norte. O maior pico ocorreu no último dia 26, quando foram registradas 156 solicitações.

Gráfico Mosaic-UFRN: Médias das solicitações de leitos de UTI Covid-19 no RN nos meses de março, abril e maio. Integradas em abril, formam 3.428 solicitações, enquanto em maio, foram 3754 solicitações.

Solicitações leitos críticos no RN:

Abril: 3.428

Maio: 3.754

As solicitações por leitos críticos (semi-intensivos e UTI’s) aumentaram durante todo o mês de maio. Chegaram a 120 em fevereiro, caíram nos meses seguintes, mas ultrapassaram a marca das 120 solicitações por dia em maio. Ao todo, foram 2.216 pedidos que seguem com tendência de alta nas solicitações.

"Sem vacinação da população economicamente ativa, o vírus continua circulando e isso mantém um índice crítico de agravamento que é visto nos gráficos de demanda diária por leitos de UTI, fila de espera e óbitos de pessoas na fila.  Com vacinas insuficientes e as novas cepas em circulação, a flexibilização aconteceu no pior momento da pandemia", lamenta o professor do departamento de Física da UFRN, José Dias do Nascimento Júnior, um dos desenvolvedores no modelo de projeções Mosaic - UFRN (EpideMic InfectiOus DiSease of lArge populatIon Code – MOSAIC), utilizado pelo Comitê Científico do Consórcio Nordeste. Dias também defende que, diante da fila de espera por leitos de UTI, sejam adotadas medidas que evitem a circulação de pessoas e o consequente contágio pela covid-19.

Na tarde desta quarta (2), o Rio Grande do Norte tem 78 pacientes com covid-19 na fila de espera por um leito crítico (semi-intensivo ou UTI) para internação e 12 vagas disponíveis. Desse total, 33 pacientes estão na região metropolitana de Natal, onde se concentram 12 leitos disponíveis e 45 pacientes estão no interior do estado, onde não há mais vagas para internação.

          Gráficos: reprodução Regulação Lais/ UFRN

Ontem (1) foi registrada a liberação de 23 leitos críticos por causa da morte dos pacientes, outros 12 leitos liberados foram de pacientes que tiveram alta.  Dos 26 hospitais no estado com leitos críticos para covid, 19 estão com 100% de ocupação, outros quatro apresentam lotação que varia entre 90% e 98% e mais duas unidade de saúde estão com ocupação em torno dos 86% e 88%. Nas regiões Oeste e Seridó, a ocupação dos leitos críticos já chegou aos 100%, na região metropolitana de Natal está em 95%, o que deixa o Rio Grande do Norte com uma média geral de 97% de ocupação dos leitos críticos. Até está quarta, 847 pessoas morreram no RN à espera de um leito para internação. Na rede privada, o índice de ocupação também é de 100% dos leitos.

Gráficos: reprodução Regulação Lais/ UFRN

O Rio Grande do Norte teve mais de mil casos de covid-19 confirmados nas últimas 24 horas, segundo o boletim divulgado na tarde desta quarta (2) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Já são 270.887 casos confirmados (ontem eram 269.685) e 6.189 mortes provocadas pela covid-19 (ontem eram 6.149), sendo que 16 óbitos ocorreram nas últimas 24h nas cidades de São Miguel (1), Tangará (1), Rodolfo Fernandes (1), Mossoró (3), Upanema (2), Parnamirim (1), Areia Branca (1), São Rafael (1), Afonso Bezerra (1), Jardim do Seridó (1), Monte Alegre (2) e Apodi (1).

Letalidade e mortalidade

Os números refletem o alto índice de letalidade da covid-19 no estado que, em maio, manteve os mesmos padrões do que foi registrado em abril, algo em torno de 2.3. Isso quer dizer que de cada 100 casos confirmados no Rio Grande do Norte, 2,3 resultaram em mortes.

Já o índice de mortalidade do novo coronavírus ficou em 175,3 para cada 100 mil habitantes. Assim, de cada 100 mil pessoas que têm a doença no estado, 175 chegam a óbito.

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